Funcionárias da Caixa protestam contra Pedro Guimarães em Brasília

Funcionárias da Caixa protestam contra Pedro Guimarães em Brasília

Cerca de 20 mulheres se reuniram em frente ao edifício-sede da instituição nesta quarta-feira; grupo foi presenteado com rosas

R7

Manifestantes reunidas em frente ao edifício-sede da Caixa, em Brasília, nesta quarta

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Cerca de 20 funcionárias da Caixa se reuniram no início da tarde desta quarta-feira em frente ao edifício sede da instituição, em Brasília, para protestar contra o presidente Pedro Guimarães, suspeito de assédio sexual. O grupo foi presenteado com rosas como símbolo de solidariedade.

Uma tenda foi organizada com microfone e caixas de som, para que as mulheres pudessem se pronunciar sobre os casos de assédio. Ana Alice, que trabalha na empresa há 10 anos, afirmou ao R7 que repudia toda a situação e espera que este caso possa abrir mais espaço para as mulheres. "Nós trabalhamos duro nessa empresa, para passar por essas humilhações. Infelizmente, ainda somos minoria dentro da empresa, e espero que isso mude", afirmou.

A manifestação foi realizada após um evento do banco sobre o Plano Safra 2023. Na ocasião, Pedro Guimarães estava acompanhado da esposa e se manifestou pela primeira vez após as denúncias. "Tenho muito orgulho do trabalho de todos vocês e da maneira como sempre me pautei em toda a minha vida. Quero agradecer a presença de todos vocês, da minha esposa. São quase 20 anos juntos, dois filhos e uma vida inteira pautada pela ética", disse.

Na manifestação, uma funcionária aposentada afirmou que espera que o escândalo seja superado pela Caixa. "Que esses abusos na gestão da empresa sejam uma página virada. Não podemos aceitar que uma empresa centenária que auxilia diversas famílias seja denegrida desta forma", desabafou.

O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação contra Pedro Guimarães após as denúncias de assédio contra funcionárias, acusações reveladas pelo portal Metrópoles e confirmadas pelo R7. Fontes ouvidas pelo R7 no MPF afirmaram que as diligências estão sendo feitas sob sigilo na Procuradoria da República no Distrito Federal, já que o economista não tem foro privilegiado.

O presidente da Caixa já é alvo de um processo por constranger os funcionários, depois de imagens publicadas na internet mostrarem o executivo determinando que os colaboradores do banco realizassem flexões no horário de trabalho.


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