Funcionário afirma que sofreu retaliações por homofobia na Caixa
Rudiran Fernandes Messias afirma que exerceu o cargo de tesoureiro executivo durante dois anos e meio
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Rudiran Fernandes Messias, de 37 anos, afirma que exerceu o cargo de tesoureiro executivo durante dois anos e meio. Desde que se assumiu homossexual, no entanto, ele teria passado por 20 agências da Caixa. “No início, eles diziam que eu tinha toda a parte comportamental perfeita para assumir a função (de tesoureiro executivo). Eu era funcionário exemplo, eu só precisava de mais experiência. Depois que me assumi, as avaliações continuavam dizendo que eu tinha toda a experiência e todos os conhecimentos, mas me faltavam outras coisas. No entanto, nunca me disseram que coisas eram essas. No fim, me disseram que eu não teria mais oportunidades dentro da empresa e ficaria na agência Praça da Alfândega”.
De acordo com Messias, o preconceito não é algo escrachado dentro da Caixa. “Eles (os colegas) nunca deixaram claro que é por conta da orientação sexual, porque é uma coisa tão torpe, que se dá de uma maneira licenciosa”, relatou.
Messias reclamou ainda que a falta de apoio da Caixa constata uma homofobia institucionalizada. “O que é muito grave. Até porque é mais fácil ir contra a pessoa que está sendo oprimida e não contra o opressor, que normalmente tem mais poder”, disse.
O servidor afirma que sofre de depressão, usa medicamentos e tem acompanhamento médico por conta dos episódios de preconceito. Rudiram disse que já entrou com recursos em todas as instâncias da empresa e que agora parte para um processo na Justiça Trabalhista.
Em nota, a Caixa afirma que as transferências do empregado ocorreu porque não havia vaga para o cargo que Rudiram ocupava inicialmente. Além disso, a empresa diz que se compromete com a promoção da diversidade e que realiza parcerias com órgãos e entidades do governo e sociedade civil para buscar respeito às diferenças.
Confira a nota na íntegra
A Caixa Econômica Federal esclarece que a alteração na lotação do empregado ocorreu por não haver vaga para o cargo que ele ocupava inicialmente, o que acarretou sua transferência para outra unidade.
A CAIXA reforça o compromisso com a promoção da diversidade. Para atingir esse objetivo, o banco realiza parcerias com órgãos e entidades do governo e sociedade civil, na busca da valorização, criando e promovendo uma cultura de respeito às diferenças.