Funcionários de hospital de Canguçu entram em greve por atraso de salários

Funcionários de hospital de Canguçu entram em greve por atraso de salários

Paralisação reduziu atendimento em 30%, com prioridade para casos de urgência

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Funcionários de hospital de Canguçu entram em greve por atraso de salários

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* Com informações de Luiz Felipe Mello e Samantha Klein

Funcionários do Hospital de Caridade de Canguçu entraram em greve nessa segunda-feira por conta de atraso de salários e do pagamento do décimoo terceiro. A paralisação, que não tem prazo para terminar, reúne auxiliares de enfermagem e auxiliares técnicos que 90% do quadro de servidores. Os médicos não aderiram ao movimento, mas enfermeiros e bioquímicos devem cruzar os braços a partir da próxima sexta-feira, segundo informações da funcionária e representante do Sindisaúde, Bianca D'Carla. 

"Esta é a primeira greve de servidores do hospital em 65 anos de existência. Estamos há dois meses sem receber e com atraso no pagamento do 13º salário. Há famílias inteiras que trabalham aqui, maridos e esposas que dependem do hospital. O atendimento agora está em 30%, com prioridade para casos de urgência e emergência", relatou Bianca em entrevista ao Correio do Povo

De acordo com informações de vereadores de Canguçu, confirmadas por Bianca, houve um problema em relação à documentação e a direção do hospital perdeu a renovação do contrato com a Secretaria Estadual de Saúde. Dessa forma, a entidade não pode obter repasses relacionados ao atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Bianca explicou que consultas particulares ainda são atendidas. 

Bianca explicou que o hospital passa por uma situação de abandono nos últimos meses. "A entidade não tem presidente porque o antigo foi embora para Porto Rico. A direção ainda não definiu quem será o próximo e parece que haverá uma assembleia na próxima quinta-feira para decidir. Nós não sabemos quem é o representante legal do hospital e o administrador não fala conosco. Nós queremos, além do pagamento dos salários, mudar o estatuto justamente porque o local não pode ficar nas mãos de poucos. A comunidade não quer mais colaborar", salientou.  




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