Funcionários entram no Museu Nacional em busca de peças do acervo
Busca durou apenas 15 minutos em razão do trabalho de investigação das causas do incêndio
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Normalmente, o trabalho de rescaldo é feito apenas pelos bombeiros, mas como se tratam de peças antigas, é necessário acompanhamento dos especialistas, para distinguir um simples resto de escombro de um artigo valioso. Munidos com martelos, pás e enxadas e usando apenas capacete, sem luvas, os funcionários trazem para fora as peças que encontram, colocando as menores dentro de caixas plásticas. Algumas rochas da Coleção Werner, que ficavam próximas à saída, foram retiradas, inclusive rochas pesadas, carregadas nos ombros. Uma das primeiras peças retiradas foi um grande quadro, ainda emoldurado, carregado por quatro funcionários.
O trabalho é lento e minucioso, pois muitas peças ainda podem estar em condições de recuperação, abaixo de toneladas de madeiras queimadas e telhas de barro. Os três andares do museu desabaram um por cima do outro até o chão. Apenas bombeiros e funcionários do museu podem ingressar dentro do prédio. Os jornalistas e demais pessoas ficam a cerca de 20 metros de distância, por questão de segurança. Entre as peças mais raras, estão as múmias egípcias, compradas pelo Brasil por Dom Pedro I, e o crânio de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado no país, com cerca de 12 mil anos. A busca dos funcionários, entretanto, durou apenas 15 minutos. Agentes da Polícia Federal pediram para eles se retirassem para dar início às investigações sobre as causas do incêndio.