Gabinete de Crise emite Avisos para 17 das 21 regiões do RS

Gabinete de Crise emite Avisos para 17 das 21 regiões do RS

A decisão dentro do Sistema 3As de Monitoramento da pandemia foi consequência do aumento no número de internações acumuladas na semana

Correio do Povo

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Após um período de quase 15 dias sem emitir nenhuma recomendação relacionada à Covid-19 aos gestores gaúchos, o Gabinete de Crise anunciou, nesta quarta-feira, a emissão de Avisos para 17 das 21 regiões Covid do Estado. A decisão foi consequência do aumento no número de internações acumuladas na semana para cada 100 mil habitantes, identificadas pelo sistema Sivep Gripe. Os Avisos, primeiro passo do Sistema 3As de Monitoramento da pandemia, foram enviados às regiões de Santa Maria, Uruguaiana, Canoas, Guaíba, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Bagé, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Lajeado.

Já as demais regiões Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Santa Rosa e Taquara não receberam nenhuma notificação do Estado.

No acumulado da semana, o Rio Grande do Sul registrou um aumento de 102,7% no número de hospitalizações. Em 24 de julho, o Estado apresentava 7,3 novas hospitalizações acumuladas em 7 dias para cada 100 mil habitantes, e na terça-feira (3) esse número estava em 14,8. As quatro regiões que não receberam nem Avisos nem Alertas foram as únicas sem aumento no número de novas internações.

A emissão de Aviso acontece quando o Gabinete de Crise detecta uma tendência de piora na situação epidemiológica daquela região, como por exemplo redução no ritmo da vacinação ou registro instável de dados. Quando recebe um aviso, a região deverá redobrar sua atenção para o quadro da pandemia, sendo opcional adotar novas medidas.

A emissão destes alertas acontece também diante da preocupação pela variante Delta. Até o momento, o Estado já possui 11 casos confirmados da cepa do coronavírus, espalhados por seis cidades de diferentes regiões, além de diversos registros suspeitos sob análise da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Ampliação da capacidade nos transportes

Na mesma reunião, realizada nesta quarta-feira, o Gabinete de Crise deliberou sobre a capacidade de ocupação nos transportes coletivo e rodoviário. Para o coletivo (municipal, metropolitano, comum, ferroviário e aquaviário), a ocupação máxima passou de 60% para 90%. Já para o transporte rodoviário (fretado, metropolitano executivo, intermunicipal e interestadual) a lotação passou de 75% para 100%. A mudança requer o respeito aos protocolos obrigatórios, como uso de máscara e ventilação para a renovação do ar.

O grupo também aprofundou a discussão a respeito de um parecer favorável da semana passada, quanto à redução da distância em sala de aula para 1 metro entre pessoas, desde que respeitados e reforçados os demais protocolos sanitários. Essa mudança vai implicar em alterações de portarias e decretos, o que deve acontecer nos próximos dias. O novo distanciamento entre alunos só será possível depois da publicação dessas alterações.

Sobre as solicitações de alteração nos protocolos de eventos, o Gabinete de Crise afirmou que seguirá monitorando os indicadores de internações, "para que as mudanças aconteçam em momento oportuno e com segurança para trabalhadores e população em geral".


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