Gabinete de Crise estuda ações emergenciais para barrar manchas de óleo no Litoral de Sergipe

Gabinete de Crise estuda ações emergenciais para barrar manchas de óleo no Litoral de Sergipe

Substância traz risco aos banhistas e ao meio ambiente

Correio do Povo

Substância traz risco aos banhistas e ao meio ambiente

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Por determinação do governador de Sergipe Belivaldo Chagas, foi formado no último sábado um Gabinete de Crise para definir ações emergenciais em função dos últimos acontecimentos ambientais ocorridos no Litoral sergipano. Estiveram reunidos na sede da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Marinha do Brasil, Secretária de Estado de Turismo, Administração Estadual do Meio Ambiente, Defesa Civil Estadual, além das prefeituras de Aracaju e Barra dos Coqueiros.

O governo do Estado vem trabalhando na solução do problema desde o aparecimento das primeiras manchas de óleo no Litoral sergipano, no último dia 24 de setembro. Desde então, a Administração Estadual do Meio Ambiente, Adema, juntamente com outros órgãos ambientais parceiros, atuam na limpeza da areia e na coleta de amostras de água para testar a balneabilidade, além do envio de amostras para o laboratório da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro, que faz análises diárias das coletas dos locais afetados pelo óleo. A preocupação é que situação vem se agravando com o aumento da quantidade de manchas. Por conta disso, o governador decretou situação de emergência na faixa litorânea dos municípios atingidos pelo derramamento de produto químico em ambiente marinho.

Igualmente fez uma recomendação para que as pessoas não utilizem as praias e tampouco tentem auxiliar na limpeza da orla. De acordo com Chagas, nesta semana o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fará um sobrevoo no litoral de Sergipe, um dos estados mais atingidos pela substância oleosa, para saber as ações que serão tomadas pelo governo federal. Pelo Twitter, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o presidente Jair Bolsonaro determinou urgência nos trabalhos para identificar a origem do problema. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, Ubirajara Barreto, o empenho deve ser de todos. “O governo do Estado está buscando medidas que minimizem os danos ambientais causados no litoral", frisou.

O diretor da Defesa Civil Estadual, coronel Alexandre José Silva, explica que a decretação da situação de emergência na faixa litorânea de Sergipe que foi atingida vai facilitar a contratação de novos serviços que possam ajudar na limpeza das praias e na contenção do produto ainda na água. “O decreto vai possibilitar a captação de recursos junto à União para que os serviços possam ser realizados nesse momento de crise”, informou. 

O diretor-presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos de Aracaju, José Roberto Dantas, garantiu que o trabalho de limpeza na areia das praias da Capital vai continuar. “Estamos reunindo esforços para ajudar na limpeza. A Prefeitura de Aracaju vai manter as equipes o serviço nas areias até que a situação seja resolvida”, finalizou. 

Praia do Futuro

Manchas de óleo que têm atingido o Litoral nordestino foram detectadas também na Praia do Futuro, um dos destinos mais procurados pelos turistas no Ceará. A Superintendência Estadual do Meio Ambiente divulgou boletim para alertar sobre os riscos aos banhistas que frequentam o litoral cearense. Durante a coleta semanal de amostra da água do mar para indicar a balneabilidade das praias, técnicos detectaram a presença de óleo na zona Leste da orla de Fortaleza. Já houve um mutirão de limpeza na Praia do Futuro. Mesmo assim a recomendação é que os banhistas evitem o contato com a mancha de óleo, além de nadar ou praticar outros esportes náuticos em locais com manchas de coloração vermelha, marrom ou azul-esverdeada, e o consumo de frutos do mar desses locais. 

 

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