GHC registra alta de internações por problemas respiratórios
Festejos de fim de ano provavelmente estão relacionados com pico de casos
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Desde o dia 27 de dezembro, aumentam as internações por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Entre os dias 1º e 26 de dezembro foram internados 22 pacientes confirmados com o vírus influenza, uma média de 0,85 paciente por dia. Já entre os dias 27 de dezembro e 5 de janeiro, 19 pacientes foram admitidos por sintomas do vírus. Uma média de 0,95 pacientes por dia.
Segundo o médico infectologista, André Luiz Machado, esse aumento possivelmente se deve às comemorações de Natal e Ano Novo. “O descumprimento das medidas não farmacológicas, como o uso de máscara e o distanciamento, leva ao aumento da transmissão”, explica. O infectologista traz atenção ainda aos dados de atendimentos realizados com pessoas com sintomas de síndromes respiratórias. “Houve um aumento de 200% nos atendimentos desses pacientes na UPA do Conceição. Nós temos o azar de ter ao mesmo tempo em circulação o Sars-Cov2 e o influenza”, alerta. Na primeira semana de dezembro de 2021, atendia-se uma média de setenta sintomáticos respiratórios, depois das festas de fim de ano, até o momento, estão sendo realizados mais de duzentos atendimentos diários com esses pacientes.
Segundo o médico, os que necessitam internação são geralmente os que tem comorbidades. O aumento tem sido percebido nas internações por influenza. “A gente não teve ainda um aumento de pacientes internados com síndrome respiratória aguda grave relacionados com Covid-19”, completa Machado.
Na quinta-feira, eram 13 os internados com Covid-19 e 17 os internados com suspeita de Covid-19 no Conceição. “Tudo ainda dentro da capacidade do hospital, não estamos nem perto do que foi nos primeiros meses de 2021”, tranquiliza o médico. Os pacientes com síndromes respiratórias ficam em ala separada dos demais, para que não haja contágio. Machado explica que ainda não é possível comparar as taxas de contágio por influenza com os números de antes da pandemia, quando não se usava máscara. “Nós temos dados de 30 dias de registro de influenza, é muito cedo para dizer. Essa cepa de influenza que está circulando, a H3N2, ela foi descoberta em novembro, ainda é pouco tempo para podermos comparar com anos anteriores”, afirmou.