Governo autoriza avanço de mineração em áreas de fronteira

Governo autoriza avanço de mineração em áreas de fronteira

Rio Grande do Sul tem sete cidades com autorização para exploração de minérios

R7

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O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, concedeu 13 autorizações, - a empresas e pessoas físicas -, para exploração de minérios em áreas de fronteira em Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraná.

As autorizações estão publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira. O general é secretário-executivo do CDN (Conselho de Defesa Nacional), colegiado que assessora o presidente Jair Bolsonaro (PL) em assuntos de defesa e soberania. Ele é o responsável por liberar projetos de mineração na faixa de fronteira, em uma largura de até 150 quilômetros. 

Ao todo, foi autorizada a exploração de minérios como ouro, mármore, granito, calcário, manganês, ferro e dolomita em 37 áreas. São 19 cidades que fazem fronteira com o Paraguai, Venezuela, Guiana, Suriname, Bolívia, Argentina e Uruguai. 

Confira as cidades com autorizações liberadas para mineração:

Rio Grande do Sul
- Aceguá
- Bagé
- São Gabriel
- Santa Margarida do Sul
- Caçapava do Sul
- Vila Nova do Sul
- São Sepé

Mato Grosso do Sul
- Bonito
- Corumbá
- Miranda
- Jardim

Mato Grosso
- Poconé
- Araputanga
- Rio Branco
- Porto Esperidião
- Cáceres

Roraima
- Caracaraí

Paraná
- Foz do Iguaçu
- Coronel Vivida

Avanço da mineração

Segundo o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), os investimentos da indústria de mineração no Brasil deverão somar 40,44 bilhões de dólares no período de 2022 a 2026. A maior parte dos investimentos, 54%, é referente a aportes que ainda estão programados, enquanto 46% do montante se refere a projetos em execução.

Os investimentos em minério de ferro, produto que lidera os aportes no Brasil, estão estimados em 13,6 bilhões de dólares, sendo 7,7 bilhões em projetos em execução e 5,8 bilhões estão programados.

Aeroportos em terras indígenas

O ato do general também autoriza a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a construir dois aeródromos em aldeias indígenas que estão na faixa de fronteira. Os empreendimentos serão feitos nas aldeias Boca do Marapi e Santo Antônio, que ficam na cidade de Oriximiná, no Pará. Os pedidos foram feitos pela Funai (Fundação Nacional do Índio). 


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