Governo de MG confirma a quarta morte por raiva humana em 2022

Governo de MG confirma a quarta morte por raiva humana em 2022

Vítima, uma menina de 4 anos, morava na zona rural de Bertópolis; todos os óbitos aconteceram com moradores da comunidade

R7

Brasil registra primeira morte por raiva humana em 10 anos

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A Secretaria de Estado de Saúde confirmou, nesta sexta-feira, a quarta morte por raiva humana em Minas Gerais, após 10 anos sem óbitos causados pela doença. A vítima mais recente, uma menina de 4 anos, é da área rural de Bertópolis, a 669 quilômetros de Belo Horizonte, e morreu no dia 28 de maio. Todas as outras ocorrências são da mesma região.

Uma quinta ocorrência de raiva humana está sendo investigada em Teófilo Otoni, a 450 km de Belo Horizonte. Trata-se de um adolescente de 17 anos. Segundo a Secretaria, ao todo, pelo menos seis casos foram analisados desde o começo do ano. Apenas um deles foi descartado.

A primeira vítima, um menino de 12 anos, morreu no começo de abril. Desde então, uma menina que também tinha 12 anos e duas crianças de 4 e 5 vieram a óbito nos meses de abril e maio. Algumas das vítimas foram mordidas pelo mesmo morcego, em uma tribo indígena.

A raiva é uma doença causada por vírus e pode infectar tanto seres humanos quanto animais. A transmissão para os humanos se dá, principalmente, por meio da mordida de animais infectados, como os morcegos, cães e gatos. Segundo especialistas, os sintomas aparecem apenas após o vírus chegar ao cérebro, aproximadamente 45 dias depois da infecção. No começo, a doença é parecida com uma gripe, causando mal-estar, dores de cabeça e febre. Aos poucos, o vírus compromete a função cerebral, levando a vítima a um coma. A taxa de mortalidade da raiva humana é de quase 100%.

O estado de Minas Gerais não registrava casos da doença há mais de 10 anos. Em resposta, a Secretaria Estadual de Saúde informou que enviou mais doses da vacina antirrábica humana para a comunidade rural de Bertópolis. Até o momento, 98,5% e 90,6% da população da região foi imunizada com a primeira e a segunda dose, respectivamente. O intervalo entre as doses é de sete dias. Além dos humanos, 755 cães e gatos da região também foram vacinados.


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