Governo de SP informa que vacina não causou parada cardíaca em criança

Governo de SP informa que vacina não causou parada cardíaca em criança

Especialistas constataram que menina de 10 anos teve doença vascular rara constatada

AE

Saúde daquele estado salientou segurança e importância da imunização

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O governo de São Paulo informou, nesta quinta-feira, que a vacina contra a Covid-19 não foi a causa da parada cardiorrespiratória de uma menina de 10 anos em Lençóis Paulista, no interior daquele estado. O caso levou a prefeitura local a suspender a aplicação do imunizante para crianças por uma semana, porém o governo estadual salientou que uma equipe de especialistas identificou que a situação foi causada por uma doença cardíaca rara que a família desconhecia.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, dez especialistas procuraram a equipe médica que atende a criança. “Concluiu-se que não se trata de um evento adverso decorrente da vacina", disse durante coletiva de imprensa do início da aplicação da Coronavac em crianças. “Não tem qualquer relação com o imunizante ministrado.”

A criança teve uma parada cardíaca cerca de 12 horas após receber a vacina da Pfizer, na terça-feira. A menina está internada no complexo hospitalar da Unimed de Botucatu. O caso tem sido compartilhado em redes sociais por grupos antivacina, mesmo com a comprovação da segurança do imunizante, que é aplicado em diversos países estrangeiros há meses.

O prefeito local, Anderson Prado (DEM), disse que o motivo da parada cardíaca não estava confirmado no momento da suspensão. Segundo ele, o único outro relato de mal-estar após a aplicação foi o de uma criança que teve febre leve. “Que é uma reação esperada, inclusive entre os adultos”, comentou.

Ele também destacou a importância da vacinação para os adultos. “Estamos com aproximadamente 2 mil infectados (por covid-19), é o maior número de infecção que nós já tivemos em Lençóis Paulista. Mas, na nossa UTI, somente um lençoense precisava de cuidados de terapia intensiva, e não está intubado. Isso é reflexo, evidentemente, da população, que tem aderido a vacinação”, ressaltou, citando dados de quarta-feira.

Em nota, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) já havia apontado, em nota, que foi “precipitado e irresponsável afirmar que o caso do município está associado à vacinação”. “Na maioria das vezes, os casos de eventos adversos pós-vacinação são coincidentes, sem qualquer relação causal com o imunizante.”


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