Governo do Rio Grande do Sul quer unificar números de emergência

Governo do Rio Grande do Sul quer unificar números de emergência

Mecanismo deve ser implantado até o final de 2018 em pelo menos três regiões<br />

Correio do Povo

Ligações de emergência serão atendidas por central única

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O governo do Estado pretende unificar todos os números de emergência. Assim, as ligações para bombeiros, polícia, trânsito e saúde serão acionadas a partir do mesmo número. De acordo com a demanda, será solicitado o deslocamento do órgão responsável.

A ação faz parte dos eixos estratégicos do Sistema de Segurança Integrada com Municípios (SIM RS), da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Em um primeiro momento, os números de emergência conhecidos pela população serão mantidos, porém, todos serão recebidos em uma mesma central. Após o período de centralização dos serviços, terá início a divulgação do número único.

Para o coordenador do SIM RS, tenente-coronel Alexandre Aragon, além de evitar uma possível confusão por parte do cidadão, a central também vai permitir a melhor distribuição de equipes, agilizando o atendimento à ocorrência. “A população acaba ligando para vários números, o que resulta no deslocamento de diversas equipes para o mesmo lugar, sem necessidade. O contrário também acontece, quando é preciso que Samu, Brigada Militar e Polícia Civil estejam no local da ocorrência, por exemplo, mas o cidadão não sabe para qual número ligar”, exemplificou.

A iniciativa está em fase de elaboração do protocolo de atuação, mecanismo que vai organizar o funcionamento do novo sistema. De acordo com a SSP, a expectativa é implantar o mecanismo em três regiões do estado até o final de 2018. “As regiões das Hortênsias, Serra e Grande Porto Alegre deverão ser pioneiras, por estarem em uma fase avançada do processo”, explicou Aragon.

Testes

A ideia de adotar essa metodologia no Brasil surgiu em 2010, com base na experiência norte-americana, que implantou o sistema após os atentados ocorridos em 11 de setembro de 2001. À época, os órgãos não se falavam e cada força policial tinha um pedaço da informação. “Isso foi prejudicial não só para a ação após o ocorrido, mas também para uma possível prevenção do crime”, enfatizou Aragon.

Em 2014, durante a Copa do Mundo, foram montados 12 centros de operações no Brasil, nas cidades-sede dos jogos. O mesmo procedimento foi replicado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Durante esses eventos, o estrangeiro que visitava o país ligava para o número que estava acostumado na sua região e a chamada era direcionada para a central brasileira. “A iniciativa foi muito positiva. Sendo assim, se facilitamos a vida dos estrangeiros, por que não facilitar também a vida dos brasileiros?”, questionou Aragon.

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