Governo do RS assina memorando para produção de hidrogênio verde

Governo do RS assina memorando para produção de hidrogênio verde

Planta deverá ser instalada no porto de Rio Grande

Giullia Piaia

Eduardo Leite e o representante da Enerfín, Marco Antonio Morales, assinaram o memorando

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O governo do Estado assinou na tarde desta quinta-feira um memorando de entendimento com a empresa Enerfín do Brasil para o desenvolvimento de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul. O gás hidrogênio é visto como uma alternativa energética eficiente. Atualmente, é produzido utilizando principalmente fontes de energia não renováveis, o carvão e gás natural ou metano. O hidrogênio verde, proposto pela Enerfín, será produzido com fontes renováveis, como eólica e solar.

O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, considerou o projeto como revolucionário. “Temos uma estratégia bem consolidada, junto com o município e o porto de Rio Grande, transformar o porto em um ponto de partida para esse projeto. Um diferencial do nosso Estado é que temos a condição de desenvolver primeiro a planta para abastecer nosso mercado interno”, esclareceu o secretário. Lemos Júnior estima que haverá um impacto positivo de 3 a 4% no PIB gaúcho, ao longo dos anos, após a implementação da planta.

“Esperamos que a revolução energética que o mundo precisa vá acontecer apesar das dificuldades que vamos encontrar”, desejou Marco Antonio Morales, diretor de novos negócios da Enerfín para a América Latina. A Enerfín faz parte do grupo espanhol Elecnor, presente em mais de 40 países, conta com mais de cinco mil funcionários no Brasil, e tem projetos de energias renováveis em países como Canadá, México, Colômbia, Chile, Austrália e Espanha, além do Brasil, onde conta com vários parques eólicos. O primeiro contato com o projeto foi em uma visita do governo gaúcho a Madri, onde fica a sede da empresa. Esse será o segundo projeto de hidrogênio verde da Enerfín, o primeiro está em desenvolvimento na cidade espanhola de La Coruña.

Para produzir hidrogênio verde, as moléculas de água são separadas, a partir de um processo de eletrólise, quando uma corrente elétrica passa pela água e separa os átomos de hidrogênio e oxigênio, resultando na formação dos dois gases. “A assinatura do memorando é um gesto em direção ao futuro. Este empreendimento é uma oportunidade incrível para o nosso Estado, sintonizando o Rio Grande do Sul com uma das grandes agendas do mundo que é a da sustentabilidade, que é fundamental para que tenhamos sintonia com os diversos mercados do mundo”, afirmou o governador Eduardo Leite.


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