Governo do RS define seis regiões com bandeira vermelha e 14 em laranja

Governo do RS define seis regiões com bandeira vermelha e 14 em laranja

Cerca de metade da população gaúcha está em áreas consideradas de alto risco de transmissão do novo coronavírus

Correio do Povo

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A 13ª fase do modelo de Distanciamento Controlado terá seis regiões sob bandeira vermelha, que configura área de alto risco de contágio com o coronavírus. São elas: Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Taquara, Passo Fundo e Lajeado. O mapa definitivo desta rodada foi apresentado na tarde desta segunda-feira, pelo governador Eduardo Leite, após o Piratini ter analisado os recursos de associações e municípios. De acordo com o governo, 49% da população gaúcha reside nesta área. 

Na sexta, o mapa prévio indicava 12 regiões na bandeira vermelha. No entanto, Santo Ângelo, Santa Rosa, Palmeiras das Missões, Pelotas, Bagé e Caxias do Sul retornaram à bandeira laranja, após os pedidos de reconsideração. Além delas, municípios Tapera, Cristal e Ivoti também apresentaram pleitos que foram deferidos. 

No total, 14 das 20 regiões estão sob bandeira laranja.  

As seis regiões em bandeira vermelha agregam 165 municípios, com 5.620.644 habitantes. Dentre elas, 65 municípios, que corresponde a 302.153 habitantes (2,7% da população gaúcha), poderão adotar medidas da bandeira laranja por não registrarem hospitalização e óbito por Covid-19 nos 14 dias anteriores a apuração. As cidades poderão adotar protocolos menos restritivos para as atividades desde que mantenham atualizadas os respectivos sistemas de informações.

Menos restrições para bandeira vermelha

Durante a transmissão ao vivo, o governador afirmou que o governo percebe uma tendência de estabilização na demanda hospitalar e que, se esta se mantiver, restrições às atividades econômicas tendem a ser abrandadas: “Se houver a estabilização, podemos admitir discutir protocolos para a bandeira vermelha que permitam funcionamento de atividaes comerciais que hoje estão proibidas”. 

“Em junho e julho, a gente observa que o Rio Grande do Sul precisou ter mais restrições por causa do avanço do número de casos. Entramos agosto com uma expectativa de estabilização, que a gente observou dos indicadores, de um agosto mais tranquilo. Embora, muita gente tenha superstição ao mês de agosto. O Estado parou por menos tempo, menos perdas economicas. Tivemos menos perdas de vidas. E assim pretendemos continuar: coinciliando a saúde, a vida, a preservação da atividade econômica”, completou.

O governador revelou que nesta terça-feira irá se reunir com representações de municípios para avançar na proposta de co-gestão do Distanciamento Controlado. “Vamos convesar com os prefeitos e estamos analisando esta demanda, especialmente com este contexto de uma possível estabilidade, ainda que num patamar alto. Mas ainda não temos nada fechado”, disse.  

RS é o 4º estado com menor número de óbitos por Covid-19

De acordo com a coordenadora do Comitê de Dados do Governo do Estado, Leany Lemos, o Rio Grande do Sul salvou mais vidas durante a pandemia se comparado com a taxa nacional de óbitos. “Se nós tivéssemos hoje uma taxa de óbito por 100 mil habitantes igual a média brasileira, nós teríamos 5.149 óbitos. É esta diferença entre os 2.016 óbitos dos 5.149. São cenários, formas de enxergar, mas certamente o RS salvou vidas e empregos nesse processo”, destacou. 

“A epidemia tem uma velocidade diferenciada no Rio Grande do Sul justamente por causa dos protocolos, as medidas que foram tomadas para que não haja uma tragédia local. Então o fato do RS ser o quarto estado com menor número de óbitos por 100 mil habitantes, é uma uma vitória, embora infelizmente, a gente veja esse número ultrapassar os 2 mil óbitos, ainda é um dos menores do Brasil”, acrescentou. 


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