Governo do RS fará ajustes no cálculo do Distanciamento Controlado

Governo do RS fará ajustes no cálculo do Distanciamento Controlado

A partir do dia 30 de maio, o Estado irá considerar apenas o número de pacientes internados com Covid-19 para calcular velocidade e incidência da doença

Correio do Povo

Ajustes valem a partir do dia 30 de junho em todo o território gaúcho

publicidade

O governador Eduardo Leite anunciou, durante videoconferência nesta quarta-feira, ajustes no modelo de Distanciamento Controlado, que entrou em vigor no RS em 11 de maio. A mudança entrará em vigor a partir do dia 30 de maio em dois dos 11 indicadores usados para calcular o risco de cada região. Na próxima leitura, que ocorre neste sábado, o cálculo não tem alteração.

A partir da atualização, o cálculo de risco, em vez de usar todos os casos confirmados pelos testes do tipo RT-PCR aplicados no Estado, considerará apenas o número de casos confirmados de pacientes internados com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) pelo local de residência.

A mudança será feita, conforme o chefe do Estado, porque os dados de hospitalização são mais estáveis. Primeiro, porque não há tanta variação entre os municípios ou as regiões que testam mais ou menos, corrigindo possíveis distorções, e também para que não se gere uma eventual diminuição da testagem em algum local – o que vai contra a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Além disso, os casos confirmados de coronavírus de pacientes internados têm notificação compulsória, sendo obrigatória às autoridades, diferentemente da testagem de pessoas não internadas.

Entenda a mudança

Desde o lançamento do Distanciamento Controlado, o risco de cada uma das 20 regiões é calculado a partir de dois grupos, que têm pesos iguais: propagação de coronavírus (50%) e capacidade de atendimento (50%), que somam 11 indicadores.

No caso da propagação, o governo já vinha considerando casos confirmados somente por testes do tipo RT-PCR, para evitar distorções entre regiões que pudessem testar mais e porque os testes rápidos não representam a mudança de uma semana para outra.

Entretanto, os primeiros dias de funcionamento do Distanciamento Controlado mostraram que o teste RT-PCR também pode gerar, eventualmente, uma distorção por uma diminuição da testagem em municípios ou regiões.

Assim, o governo decidiu passar a levar em conta somente os casos confirmados de SRAG pelo local de residência dos pacientes internados. Com isso, dois dos 11 indicadores serão impactados:

• Velocidade do avanço, que mede o número de novos casos confirmados em relação aos casos anteriores.

• Incidência de novos casos na população, que mede os novos casos nos últimos sete dias para cada 100 mil habitantes.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895