Governo libera R$ 700 milhões para ajudar regiões afetadas por chuvas
Bahia é o estado mais afetado, com mais de 90 mil desabrigados ou desalojados
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), editou uma Medida Provisória (MP) que abre crédito extraordinário, no valor de R$ 700 milhões, ao Ministério da Cidadania. Os recursos são destinados ao socorro das regiões que sofreram com fortes chuvas nas últimas semanas, em especial Bahia e Minas Gerais. No Bahia, as chuvas já causaram 24 mortes e mais de 90 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
Segundo o governo federal, "a abertura do crédito extraordinário em questão não afeta o Teto de Gastos (medida de austeridade fiscal que deve ser cumprida pelo governo) e nem o cumprimento da meta de resultado primário".
"A medida visa o enfrentamento das consequências das fortes chuvas que acometeram diversas regiões do Brasil, principalmente os Estados da Bahia e de Minas Gerais, que deixaram milhares de pessoas desabrigadas ou desalojadas, em decorrência de alagamentos, deslizamentos de terra e danos à infraestrutura local, com interdição de estradas, quedas de pontes e viadutos e interrupção de fornecimento de energia elétrica e água potável", informou a Secretaria-geral da Presidência da República em nota.
O cenário é grave na Bahia, e tem sido acompanhado por figuras do exterior. A ativista sueca Greta Thunberg, por exemplo, publicou em suas redes sociais o cenário no estado junto com a hashtag #SOSBahia.
Em Minas Gerais, a situação também se agravou nesta semana. Na última quinta-feira, o governo estadual reconheceu situação de emergência em 124 cidades afetadas pelos temporais dos últimos dias, em especial no norte de Minas. A Defesa Civil do estado tem ajudado as prefeituras no preenchimento de documento exigido para acessar recursos da União com mais celeridade.
No último dia 12, o presidente sobrevoou algumas áreas atingidas e, depois de aterrissar, conversou com pessoas da região, e fez uma entrevista coletiva para anunciar algumas medidas.
A conjuntura na Bahia piorou nos últimos dias. O presidente Bolsonaro manteve os planos de passar alguns dias de férias de fim de ano em São Francisco do Sul, litoral de Santa Catarina, e deixou a responsabilidade de acompanhar presencialmente a situação para alguns ministros, entre eles o da Cidadania, João Roma.
