Greve de servidores do Imesf afeta dezenas de postos em Porto Alegre

Greve de servidores do Imesf afeta dezenas de postos em Porto Alegre

Grupo protesta contra decisão que considerou inconstitucional a lei que criou o órgão em 2011

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Servidores do Imesf iniciaram primeiro dia de greve com concentração em frente à prefeitura

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O primeiro dia de paralisação dos trabalhadores do Instituto Municipal da Estratégia de Saúde da Família (Imesf) começou com concentração em frente à Prefeitura de Porto Alegre e depois seguiu com uma caminhada pela área central da cidade até a Câmara de Vereadores. A intenção é um encontro com a presidente da Casa, Mônica Leal. O ato desta quarta-feira faz parte das ações programadas para os três dias de greve do instituto depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional a lei que criou o órgão em 2011. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) contabiliza 20 postos afetados pela manifestação de hoje. Os servidores do Imesf são responsáveis por atender 77 das 140 unidades existentes em Porto Alegre. Desde o anúncio do fim das atividades do Imesf, os trabalhadores organizam diversos protestos, inclusive com fechamento de postos de saúde. 

 

Em entrevista à Rádio Guaíba, o secretário municipal de Saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer, afirmou que o órgão não foi procurado para conversa sobre o Imesf. Segundo ele, a continuidade do atendimento à população é necessária para um eventual contato com os servidores e com o sindicato. Ele ainda falou sobre o planejamento com a extinção do Imesf.

"O plano, em linhas gerais, é seguir ampliando o número de equipes da saúde da família, seja com serviços hospitalares ou ambulatoriais, como fizemos com a duplicação do Hospital da Restinga, que abriu seu bloco cirúrgico. Neste modelo de parceria com entidades que trabalham com a prefeitura pretendemos prover, nos próximos seis meses, os funcionários das unidades que hoje estão sob os cuidados do Imesf e proceder com um chamamento público para qualificar a rede de postos de saúde da prefeitura", explicou. 

 

 

Em nota, a secretaria reafirmou o seu papel de cumprir com atendimento adequado para a população e diz não haver motivos para a greve de profissionais do Imesf. O órgão avalia como um contrassenso a ideia de quem diz que quer continuar atendendo a população, mas que deixa de estar nos postos de saúde. A pasta ainda "reitera que não irá tolerar o descumprimento de contrato que ainda está vigente, até porque as demissões não foram efetivadas". 

Postos afetados pela greve 

US Batista Flores 
US Cruzeiro do Sul 
US Esperança Cordeiro 
US Jardim da Fapa 
US Jenor Jarros
US Mario Quintana
US Mato Sampaio
US Milta Rodrigues
US Nova Gleba
US Passo das Pedras II
US Safira Nova 
US Santa Maria
US São Borja
US Tijuca
US Timbaúva
US Vila Brasília
US Vila Gaúcha
US Vila Pinto 
US Vila Safira
US Wenceslau Fontoura

Com informações do repórter Guilherme Kepler 


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