Grupo defende pautas ambientais em ato na Redenção

Grupo defende pautas ambientais em ato na Redenção

Manifestação se posiciona contra avanço imobiliário em áreas da zona Sul e mina em Eldorado do Sul

Correio do Povo

Ato em defesa de pautas ambientais foi realizado na Redenção

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Os movimentos ambientais fizeram um ato na manhã deste domingo na Redenção, próximo do Monumento ao Expedicionário, em Porto Alegre. Além de denunciar o avanço imobiliário nas áreas verdes da Zona Sul de Porto Alegre, os ecologistas condenaram o projeto de um empreendimento de extração de carvão em  Eldorado do Sul por ameaçar as águas do Delta do Jacuí. Faixas foram estendidas no local e houve distribuição de folhetos explicando algumas lutas em prol da preservação do meio ambiente, além de venda de camisetas e adesivos.

Uma das coordenadoras do Preserva Zona Sul, a advogada Luciele de Souza assegurou que “os movimentos estão unidos para conscientizar a população que afeta a todos nós”. Em relação à mina de carvão, ela ressaltou que já existe uma frente gaúcha contra a mineração. “São quatro grandes empreendimentos em todo o Rio Grande do Sul. Eles vão afetar os lençóis freáticos”, alertou, apontando para o problema de abastecimento com a água contaminada. “O carvão não é uma energia limpa”, frisou. “Pedimos apoio do legislativo.”

Sobre o impacto imobiliário na Zona Sul da Capital, ela lembrou que o Preserva Zona Sul foi protagonista de uma ação judicial que suspendeu em dezembro do ano passado a licença de instalação de um condomínio residencial fechado em uma mata ao lado do Clube do Professor Gaúcho, com 12,9 hectares, na avenida Guaíba, no bairro Ipanema.

Durante o protesto na Redenção foram colhidos apoiadores da causa através de um abaixo-assinado de uma petição que já tem quase 35 mil assinaturas. “A área era da prefeitura e foi vendida em 1987, mas não deveria ter sido vendida”, afirmou, citando ainda que um problema da mobilidade urbana decorrente do projeto imobiliário soma-se à questão da preservação na área. “Serão cerca de 4 mil veículos a mais circulando na região. É bastante preocupante”, previu.

Ela manifestou-se contra também ao projeto de instalação de um lixão na zona rural de Viamão por entender que afetará até mesmo as águas do Guaíba.


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