Guarda Municipal dispersa aglomeração em venda de acervo do Hotel Everest

Guarda Municipal dispersa aglomeração em venda de acervo do Hotel Everest

Vendas serão retomadas com distribuição de senhas

Felipe Samuel

Guarda Municipal dispersou aglomeração nesta quarta-feira

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O terceiro dia de vendas do acervo do Hotel Everest, no Centro Histórico, foi marcado por aglomeração do lado de fora e confusão. Após dois dias de comercialização de itens a proprietários e gerentes de hotéis, pousadas e restaurantes do Litoral Norte e de Porto Alegre, nesta quarta-feira dezenas de pessoas formaram fila desde a madrugada, na rua Duque de Caxias, interessadas em adquirir objetos e mobílias. Durante o dia, a Guarda Municipal foi acionada depois de receber denúncia anônima de aglomeração em frente ao estabelecimento que marcou época em Porto Alegre.

Ao chegar no local, a GM determinou o encerramento das vendas sob pena de autuação do responsável pelo leilão. O comandante da GM, Marcelo Nascimento explica que por conta da chuva muitas pessoas se protegeram debaixo da marquise, provocando aglomeração fora do prédio. "Uma guarnição entrou no evento e verificou que estava tudo certo, com limitação de pessoas, distanciamento de espaços, higienização", ressalta. Com o fechamento ao público, muita gente perdeu a 'viagem' e protestou. "Os organizadores do evento colocaram cartazes na entrada informando o cancelamento do evento", completa.

O leiloeiro Daniel Chaieb afirma que a distribuição de senhas começou na madrugada. "Distribuímos senhas desde 3h, com entrada limitada. Não podia ter muita gente ali dentro, pelos motivos que a gente conhece da pandemia do novo coronavírus. Começou a chegar cada vez mais gente. O pessoal não pode ver fila e vai entrando", explica. Chaieb reconhece que a situação fugiu do controle e destaca a importância do trabalho da GM. "Estava exagerada a coisa", completa. Ele salienta que as vendas serão retomadas com hora marcada para o público, com agendamentos. A ideia é permitir o ingresso de até dez pessoas por hora.

Mas quem procura por aparelhos de TV, camas, frigobar ou mesmo ar-condicionado, pode perder as esperanças. "Acabou tudo. Temos alguns móveis, alguma miudeza, luminárias, coisas fixas do hotel", destaca. Nos dois primeiros dias de vendas, comerciantes hoteleiros do Litoral Norte adquiriram a maior parte dos itens. "Com a pandemia, não vai ter viagem para o Exterior este ano. Pessoal do litoral, os donos de hotéis, estão se preparando para ter um verão bom e receber melhor os hóspedes", observa. Ele reforça que somente quem tiver efetuado agendamento poderá ingressar no hotel. "Não adianta pessoal se deslocar sem agendamento", frisa.


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