Hospitais Porto Alegre registram redução de pacientes com Covid-19 em emergências

Hospitais Porto Alegre registram redução de pacientes com Covid-19 em emergências

Nas UPAS, a sobrecarga passa a ser no atendimento de casos não relacionados ao coronavírus

Cláudio Isaías

Mesmo com tímida redução, especialistas alertam para continuidade dos cuidados sanitários

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As emergências dos hospitais de Porto Alegre estão começando a apresentar uma diminuição no número de pacientes. O enfermeiro Cléber Verona, gerente de Interunidades de Emergência do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), informou que a espera por leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de pacientes com Covid nas emergências é cada vez menor. "Por vezes há pacientes que necessitem aguardar por períodos nas emergências. Mas esse tempo é muito pequeno", acrescentou.

Já no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), o chefe do Serviço de Emergência, José Pedro Kessner Prates Júnior, informou que não há espera por leitos no Centro de Terapia Intensiva (CTI) Covid da instituição de saúde. Os especialistas alertam que mesmo que os percentuais de internação ou atendimento estejam com redução é preciso que a população tenha consciência de que é preciso manter as medidas adotadas nos protocolos sanitários, como distanciamento social, uso da máscara e do álcool em gel. 

Na emergência adulta do hospital Nossa Senhora Conceição estão em observação/internados um total de 72 pacientes e no Clínicas (96). No São Lucas da PUCRS contava, nesta terça-feira, com 22 pacientes em observação/internados; o Instituto de Cardiologia (26 pessoas); a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (44 pacientes); o Hospital Restinga e Extremo Sul (30 pessoas) e o Hospital Vila Nova tinha 14 pacientes em observação/internados. 

UPAs têm sobrecarga no atendimento de casos não Covid

Após apresentar picos de superlotação, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Alegre, começam a apresentar uma considerável diminuição no número de pacientes. A Secretário Municipal da Saúde (SMS) informou que ocorreu uma redução das doenças respiratórias o que acabou por contribuir na baixa das internações nos Pronto Atendimentos. A diminuição é atribuída ao fato das pessoas estarem se cuidando mais e respeitando os protocolos sanitários, o que acaba por refletir na ocupação das UPAs da Lomba do Pinheiro, Bom Jesus, Cruzeiro do Sul e UPA Moacyr Scliar.

A gerente da UPA Moacyr Scliar, Jaqueline César Rocha, informou que a demanda Covid está estável, com atendimentos e pedidos de internação dentro da capacidade da unidade. "A dificuldade diária tem sido a demanda não Covid, que apresenta superlotação constante das salas. Temos recebido pacientes com quadros mais complicados, gerando muitas necessidades de internação diariamente. A observação não Covid tem mantido uma média de 10 a 15 pacientes excedentes a capacidade dos leitos", ressaltou.

Na manhã de hoje, além dos 12 leitos da Observação ocupados, mais 15 pacientes estavam aguardando internação acomodados em sala de medicação. A sala de urgência com três leitos para pacientes críticos estava com seis pacientes. Na manhã de terça-feira, dois pacientes estavam aguardando UTI não Covid. No Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul (PACS) que possui 12 leitos tinha 23 pessoas em observação/internados. No PA da Bom Jesus, os sete leitos da unidade estavam com 16 pessoas em observação/internados. Na Lomba do Pinheiro, um total de 14 pessoas estavam em observação/internados.

 


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