Hospital da Restinga fará testes com drone para transportar exames laboratoriais

Hospital da Restinga fará testes com drone para transportar exames laboratoriais

Parceria com startup de São Paulo tem como objetivo diminuir o tempo de recolhimento e resultados

Cláudio Isaías

Diretor da instituição de saúde, Paulo Fernando Scolari, anunciou testes para dezembro

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O Hospital Restinga e Extremo-Sul, de Porto Alegre, começa em dezembro os testes com um drone que será utilizado no transporte de exames laboratoriais. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo diretor da instituição de saúde, Paulo Fernando Scolari, ao explicar que a parceria feita com a startup Speedbird Aero, de São Paulo, estuda o desenvolvimento de testes para diminuir o tempo de recolhimento dos materiais e resultados. Atualmente, o hospital realiza o processo a cada duas horas, com a busca em unidades de saúde feita por motoboys.

O hospital é responsável pela análise e coleta de exames das UPAs Lomba do Pinheiro e Bom Jesus, do Hospital Vila Nova e dos postos de saúde Lami, Paulo Viaro, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol. Segundo Scolari, os testes serão feitos na rota que será criada do Hospital da Restinga e Extremo-Sul até o Hospital Vila Nova. Nas duas instituições de saúde, serão colocados dois helipontos para a aterrissagem do drone. "A nossa ideia é que tenhamos no futuro um total de oito rotas que vão agilizar em muito o serviço de coleta de exames", ressaltou.   

Conforme Scolari, com o drone poderá se antecipar sobre a realização de um exame, em caso de urgência, o que vai diminuir os custos para qualificar ainda mais a gestão da saúde. "Além disso, o percurso entre o hospitais da Restinga e Extremo-Sul e Vila Nova, por exemplo, será efetuado em menos tempo (dois a três minutos) e com mais segurança, por não enfrentar o tráfego das vias públicas”, acrescentou. O drone utilizado pela Speedbird Aero, que foi a primeira a empreender a ideia do uso para entregas no Brasil, pode efetuar quatro viagens por hora, com carga de até cinco quilos. A empresa já trabalha em um modelo com capacidade para transportar uma carga de até oito quilos. “Teremos com esse projeto uma economia considerável no modal de transporte”, explicou. Segundo Scolari, os testes dependem da homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e este será um serviço inédito em Porto  Alegre.

Em função da nova realidade imposta pela pandemia da Covid-19, empresas, hospitais e prefeituras têm mostrado interesse em adotar drones para uma série de serviços, como comunicação e entregas. "A procura por informações sobre como os drones podem ajudar, sobretudo num momento como o atual, está muito aquecida. Temos atendido hospitais, laboratórios e governos estaduais e municipais interessados em saber como funciona o equipamento", afirmou Manoel Coelho, sócio da Speedbird Aero, de São Paulo. A empresa aguarda a certificação da Anac para realizar as entregas por drones.

 


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