Hospital Restinga deve operar com toda a capacidade em 10 de setembro

Hospital Restinga deve operar com toda a capacidade em 10 de setembro

Prefeitura de Porto Alegre e Associação Hospitalar Vila Nova assinaram o contrato nesta terça-feira

Henrique Massaro

Hospital Restinga terá um aumento de 62 para 111 leitos

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Construído em 2014 para atender a demanda na área da Saúde pública do extremo Sul de Porto Alegre, o Hospital Restinga agora vai, enfim, operar em toda a sua capacidade. Com a assinatura de um contrato entre a prefeitura e a Associação Hospitalar Vila Nova, a instituição vai ter, já no início do próximo mês, toda a estrutura disponível, o que não vinha ocorrendo anteriormente. Somente a oferta de leitos terá um crescimento de 79%.

Esse percentual representa um aumento de 62 para 111 leitos. Todos eles, no entanto, já haviam sido devidamente instalados entre 2014 e 2015. O mesmo ocorria com espaços como blocos cirúrgicos, pronto atendimento traumatológico, ambulatórios e laboratório, que, na administração anterior, não vinham sendo utilizados. A responsabilidade era da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, que afirmou ter cumprido todos os pontos contratualizados.

Os recursos para a administração do Hospital Restinga Extremo-Sul eram oriundos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Após uma mudança de política do governo federal, foi decidido que a verba deveria deixar de ser aplicada em um só município, mas de forma regionalizada. Com isso, a destinação de verba deixou de ser do Proadi e o vínculo com o Moinhos se encerrou em junho deste ano.

Um período de 90 dias foi dado para a transferência de responsabilidade para a Associação Vila Nova, que deve operar a pleno já no dia 10 de setembro. Com a saída do Proadi-SUS, o município passa a ter uma participação na aplicação de recursos. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, mensalmente serão repassados R$ 300 mil pela prefeitura, que se somarão a R$ 1,1 milhão do Estado e R$ 2,3 milhões do governo federal. “Podia ser uma crise, foi visto como uma oportunidade”, analisou o titular da pasta.

Ainda segundo ele, o Executivo municipal não terá problemas em garantir os repasses, já que tem a Saúde entre as suas prioridades. O diretor-presidente da Associação Hospitalar Vila Nova, Dirceu Dal Molin, disse que parte dos antigos funcionários que eram ligados ao Moinhos de Vento foram contratados pela nova administração, que também garantiu 358 novos trabalhadores para o hospital.



De acordo com ele, a licitação previa o cumprimento de certas metas, como ampliação de leitos e de horários para exames, e abertura do serviço de cirurgia geral, bloco cirúrgico, do serviço de urologia e do laboratório de análises clínicas – até então, apesar da estrutura existente, todos os exames feitos no hospital eram levados para fora.

“Para a população vai impactar no tempo de espera, que vai melhorar. Para a cidade, muitas cirurgias que estão aguardando na fila da Secretaria Municipal de Saúde poderão vir para cá, que tem equipamentos de primeira geração e vamos trazer funcionários de alto nível”, explicou Dal Molin.

Atualmente, dos 62 leitos do Hospital Restinga Extremo-Sul, 52 são para adultos e 10 pediátricos. Com a ampliação, os adultos passarão para 91. Os pediátricos permanecerão com o mesmo número, mais 10 leitos de UTI serão instalados.

Haverá também quatro blocos cirúrgicos e um pronto atendimento de traumatologia, com atendimento de 12 horas por dia, seis dias por semana. Outras novidades são na área ambulatorial. Além dos atuais ambulatórios de medicina interna e de infectologia, a instituição contará com locais de traumatologia, cirurgia geral e urologia. A estimativa da SMS é que a oferta mensal chegue a 147%.

As análises clínicas, atualmente 15.227, passem para 40 mil. Já as ecografias, hoje 130, devem ir para 882. As mamografias passam de 352 para 852, os raios X de 1.697 para 1.764, os eletrocardiogramas de 431 para 882 e as tomografias de 483 para 441. Além disso, um novo serviço deve ofertar 441 endoscopias por mês. Ao todo, o ofertado vai de 18.320 para 45.292.

A partir desta terça-feira, logo após a Associação assumir a gestão, começou a ampliação de 39 leitos, entre clínicos e cirúrgicos. Já a partir de quarta-feira até 31 de agosto, as equipes contratadas serão capacitadas. No dia 3 de setembro, as atividades na UTI e nos blocos cirúrgicos devem começar até o pleno funcionamento, no dia 10. 
 


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