HPS tem maior número de queimados por fogos dos últimos sete anos

HPS tem maior número de queimados por fogos dos últimos sete anos

Foram atendidas nove pessoas na véspera do Natal

Hygino Vasconcellos

Enfermeira assistencial da UTI de Queimados alerta para os perigos no manuseio

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O Hospital de Pronto Socorro (HPS) atendeu na véspera do Natal nove pessoas por acidentes no manuseio de fogos de artifício. Do total, oito tiveram lacerações em partes do corpo - principalmente nas mãos - e um teve uma queimadura de segunda grau. Este foi o maior número de queimados deste tipo em sete anos. De acordo com o HPS, o registro deste ano ultrapassa os sete queimados em 2011. No ano seguinte, não ocorreram registros e em 2013 foram dois casos. O perfil dos feridos é predominante do sexo masculino, segundo o hospital. Do total, quatro são crianças, com idades entre 10 e 14 anos.

A enfermeira assistencial da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de Queimados, Fernanda Silva dos Santos, acredita que o aumento está relacionado com a falsa ideia de que o manuseio de fogos de artifício não apresenta riscos ou não tem conhecimento das lesões ou sequelas que podem ocorrer. Fernanda observou que dos nove, apenas um permaneceu internado na casa de saúde devido a uma ruptura na pele. Após atendimento na UTI, esta pessoa foi transferida para a unidade cirúrgica, onde permanecia até o final da manhã desta quinta-feira.

A preocupação se volta agora para a virada do ano, quando mais ocorre este tipo de acidente. Desde 2008, foram 31 atendimentos no dia 31 de dezembro e 41 em 1º de janeiro, o que totaliza 72 pacientes atendidos no HPS. Em 2013 não houve nenhum registro na véspera, mas passaram sete pessoas pela UTI de Queimados no primeiro dia do ano de 2014. A enfermeira recomenda que, ao acender fogos de artíficio, as pessoas mantenham distância do rojão, evitando o acesso de crianças e adolescente ao local. Outra indicação é armazenar os fogos em lugar seco e arejado.

Fernanda salienta ainda que, entre os meses de novembro e dezembro deste ano, três pessoas foram atendidas depois de se queimarem ao manusear pólvora para trabalhos religiosos, comuns nesta época do ano. Nesses casos as lesões foram graves e atingiram além das mãos, face e membros superiores. “Nos surpreende, pois não é uma circunstância muito comum.”


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