Indígenas comercializam produtos no Centro de Porto Alegre

Indígenas comercializam produtos no Centro de Porto Alegre

Mesmo diante das restrições por conta da pandemia de coronavírus, famílias saem às ruas por conta da necessidade financeira

Felipe Samuel

Por necessidade financeira, indígenas descumprem isolamento social

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Próximo do Largo Glênio Peres, índios caingangues ocuparam as calçadas do Centro Histórico, na rua dos Andradas com a avenida Borges de Medeiros, para comercializar cestas de Páscoa. Apesar de não receber nenhuma orientação das autoridades, os vendedores se distribuíram na região com distanciamento recomendado para evitar aglomerações. 

Clarines Sales, 38, que mora no Morro do Osso, na Tristeza, deixou ontem o isolamento social e as recomendações para permanecer em casa porque precisa trabalhar para garantir sustento da família. Ela optou por tentar vender as cestas para garantir uma Páscoa melhor aos três filhos e três netos. 

"Está faltando fralda e leite, por isso vim hoje tentar vender alguma coisa", afirma. Ela afirma que as 38 famílias da tribo instalada na Zona Sul estão passando dificuldades. Poucas cestas básicas foram distribuídas, por isso a necessidade de tentar comercializar os produtos. 

"Estamos respeitando distanciamento, ninguém falou nada. Estamos respeitando porque a gente sabe como é, tem que ficar distante para não ter problema", observa


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