Instituto lança alerta contra o câncer de mama

Instituto lança alerta contra o câncer de mama

Rio Grande do Sul perde apenas para o Rio de Janeiro em número de casos

Marcos Koboldt / Correio do Povo

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Diariamente 30 mulheres morrem no Brasil em decorrência do câncer de mama. A estimativa é que anualmente sejam diagnosticados 50 mil novos casos da doença no país. Desses, 12 mil evoluem para o óbito. Até 2023, o número de enfermas deverá dobrar. Para mudar essa realidade, o Instituto da Mama do RS (Imama) lançou nesta terça-feira mais uma etapa da mobilização do Outubro Rosa. O objetivo é alertar para a importância do diagnóstico precoce da doença. “É importante fazermos esse alerta no Rio Grande do Sul, ainda mais em Porto Alegre, que lidera no ranking de incidência da doença, tendo mais que o dobro do número de casos que a média nacional”, salientou a presidente do Imama, Maira Caleffi. 

A Capital registra 127 casos novos da doença para a cada 100 mil mulheres. Já no País, a incidência é de 49 por 100 mil. O Estado perde apenas para o Rio de Janeiro em número de casos. No RS são 81,57 para 100 mil habitantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 12% das mulheres entre 40 e 70 anos conseguem realizar o exame de mamografia no Brasil. “Atualmente, existe uma concentração de equipamentos em algumas regiões. Deveriam estar funcionando a pleno vapor estão sucateados”, disse Maira.

Chances de cura crescem com o diagnóstico precoce

Dos 1.514 mamógrafos que realizam exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 85% estão em funcionamento. Do restante, 223 equipamentos estão sem uso, 111 não têm produção, 85 apresentam defeito e 27 sequer saíram da embalagem. O Rio Grande do Sul conta com 130 equipamentos, sendo que apenas 114 estão em uso. “O exame de mamografia detecta com grande margem de segurança um tumor no seio antes que se possa sentir o nódulo. Caso realizado na fase inicial da doença, aumenta em aproximadamente 95% as chances de cura”, destacou.

Maira afirmou que o tratamento precisa começar em, no máximo, 30 dias após o diagnóstico. Entre os fatores de risco estão obesidade, estresse, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas em excesso e o uso de hormônios. “Pesquisa realizada com mulheres de classe baixa em Porto Alegre apontou que 29% fumam. Estudos no Brasil mostram que 45% dos casos são diagnosticados tardiamente”, frisou.

Cada milímetro a mais de nódulo representa menos 1% de chance na cura. Conforme a ONG norte-americana Susan G. Komen for the Cure, a cada 24 segundos é diagnosticado um caso de câncer de mama no mundo. A cada 68 segundos, uma mulher morre devido a essa doença. Mais da metade dos casos acontece em países desenvolvidos.

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