Johnson adia envio de vacinas que chegariam nesta terça ao Brasil

Johnson adia envio de vacinas que chegariam nesta terça ao Brasil

Farmacêutica informou que não conseguiu despachar o carregamento; previsão é que doses cheguem ainda nesta semana

R7

Vacina é fabricada pela Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson

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O carregamento com três milhões de vacinas da Johnson, previsto para chegar na terça-feira ao Brasil, não desembarcará na data prevista. O cancelamento foi confirmado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira. A pasta prevê, porém, que as doses devem chegar ainda nesta semana no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A empresa norte-americana informou que não conseguiu embarcar o carregamento nesta segunda.

As vacinas têm prazo de validade até 27 de junho. Por isso, o Ministério terá poucos dias para a distribuição e aplicação das doses. A estratégia da pasta prevê a distribuição em cinco dias com a utilização só nas capitais. Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu com a farmacêutica para discutir o pedido de extensão do prazo de validade da vacina no Brasil. Atualmente, o prazo de validade aprovado pela Anvisa é de três meses, a proposta da empresa é ampliar para quatro meses e meio. A agência reguladora dos Estados Unidos já aprovou essa extensão. 

Sobre a vacina

A vacina é fabricada pela Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, e é administrada em dose única, diferentemente dos outros imunizantes em aplicação no Brasil. A Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina no dia 31 de março. O infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, explica que o imunizante é fabricado por meio da tecnologia do adenovírus vetor, assim como a vacina da AstraZeneca, que já está em aplicação no Brasil.

O imunizante não necessita de refrigeração abaixo de zero, o que o torna compatível com os canais de distribuição padrão de vacinas, facilitando sua distribuição no país. “A grande vantagem é ser uma vacina de dose única, o que permite imunizar o dobro de pessoas”, afirma Kfouri. A Johnson & Johnson anunciou que a vacina foi 72% eficaz na prevenção da doença nos Estados Unidos e alcançou uma taxa de 66% de eficácia global, em um teste realizado em três continentes e com variantes múltiplas do vírus.

Até o momento, mais de 56 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no país, o que corresponde a 26,45% da população, sendo que mais de 23 milhões já receberam a segunda dose e estão completamente imunizadas.


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