Jovens esportistas gaúchos farão intercâmbio financiado pelo governo dos EUA
Programa Sports Diplomacy levará oito adolescentes a Boston por duas semanas
publicidade
Um programa do Consulado Geral dos Estados Unidos em Porto Alegre, em parceria com o governo estadual e a Central Única das Favelas (Cufa), levará oito adolescentes gaúchos para uma experiência de duas semanas na cidade de Boston, nos EUA. Intitulada Sports Diplomacy – Esporte para a Mudança Social, a iniciativa tem por objetivo aproximar os jovens de projetos de esporte que mudaram a vida de estudantes de periferia e o rumo de comunidades americanas.
Os oito adolescentes, que tem entre 15 e 17 anos, foram selecionados com base nos municípios priorizados pelo RS Seguro – cidades com altos índices de criminalidade –, moram em áreas carentes e são líderes em um dos esportes: judô, capoeira e jiu-jitsu. “A iniciativa, diferentemente de muitas outras que empregamos na segurança pública, tem um viés diferenciado, de pensar na prevenção”, declarou o delegado Antônio Padilha, responsável pelo RS Seguro.
O representante da Cufa, Paulo Daniel Santos, reforçou que o programa terá impactos por anos a vir. “Não é só um kimono, só uma faixa, esses jovens têm um potencial gigantesco. As comunidades fazem muito mais parte da solução do que do problema”, afirmou. Em preparação ao intercâmbio, os jovens receberam aulas de inglês oferecidas por uma parceria do RS Seguro com a Ufrgs.
A viagem faz parte de um programa de intercâmbios financiado pelo governo estadunidense. “A visão é de desenvolver futuros líderes, para desde cedo desenvolver sua habilidade de transformar e sua capacidade de liderança dentro do esporte e dentro da comunidade”, explica o diretor de segurança do consulado, Davis Wallentine.
Na volta da viagem, a ideia é que repliquem essas ações em suas comunidades, para isso, receberão verba e acompanhamento dos coordenadores do programa do governo dos EUA, que virão a Porto Alegre daqui a seis meses observar o progresso feito nas comunidades. “Eles irão para aprender as técnicas de montagem de um programa comunitário, vão propor o programa ainda lá”, esclarece Wallentine.
