Juiz manda doar para ONG mil búfalas que passavam fome em fazenda de SP

Juiz manda doar para ONG mil búfalas que passavam fome em fazenda de SP

Animais que estavam em situação de abandono em Brotas deverão ser transferidos para local apropriado

AE

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O juiz Rodrigo Carlos Alves de Melo, da 1ª Vara de Brotas, determinou nesta quinta-feira que as mais de mil búfalas que foram encontradas em situação de maus-tratos, com fome e sede, em fazenda da região, sejam doadas para a ONG Amor e Respeito Animal (Ara). O magistrado mandou intimar pessoalmente a entidade para que, em dez dias, indique o local de destinação dos animais ou aponte outras entidades com capacidade para acolher os animais.

A decisão atendeu pedido feito pelo Ministério Público e diz respeito não só às búfalas, mas a todos os animais vítimas de maus tratos que estão na fazenda Água Sumida, em Brotas - incluindo ao menos 72 equinos, entre cavalos e pôneis.

A promotoria ressaltou que o pedido de urgência visava o bem-estar dos animais. A solicitação foi fundamentada em dispositivo da Lei de Crimes Ambientais, que determina que a autoridade competente realize a destinação dos animais apreendidos para entidades ou órgãos competentes.

Ao analisar o caso, o juiz Rodrigo Carlos Alves de Melo considerou que, apesar de a ação penal em questão ajuizada contra o fazendeiro Luiz Augusto Pinheiro de Souza (dono da propriedade) ainda estar em seu início, há "farta prova da materialidade" dos delitos de maus-tratos contra os animais. Nessa linha, o magistrado entendeu que não há que se esperar o encerramento do processo para que haja a apreensão e destinação dos bichos, conforme prevê a Lei de Crimes Ambientais.

"Cabe ressaltar que a medida é urgente, tendo em vista a grande quantidade de animais apreendidos que ainda estão na propriedade rural em questão, gerando gastos diários para a sua manutenção, com perigo para a saúde dos animais e também da saúde pública, sendo necessária imediata destinação para as entidades referidas na Lei de Crimes Ambientais", escreveu o magistrado no despacho.


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