Justiça determina que o MST desocupe terreno em Tupanciretã
Juiz autorizou o uso da força policial, se necessário, para liberação de área da Fepargo
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A Fepagro sustenta ser proprietária da fração de terra de cerca de 3 mil m², parte dela destinada ao Projeto Sistema Silvipastoril. No local estão implantados bosques de acácia para exploração comercial, assim como áreas de preservação permanente, onde há banhados, matas nativas e a Reserva do Capão de Tupanciretã, além de áreas livres para pesquisa.
O juiz destacou a urgência do caso e determinou que o MST seja retirado do local. Um oficial de Justiça deve identificar e certificar os integrantes do Movimento da liminar. Ele também autorizou a utilização de força policial para a retirada, caso necessário. Havendo crianças no local, o Conselho Tutelar deve ser intimado para acompanhar o cumprimento do mandado.
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Cerca de 120 manifestantes se distribuíram pela área e estão acampados, principalmente, em antigas construções da Emater, no local. Como os prédios deixaram de sediar atividades educativas desde 2012, os manifestantes entendem que a área rural é improdutiva.
O diretor-presidente da Fepagro, Danilo dos Santos, esclarece que nas terras são desenvolvidas ações de pesquisa agrícola e que apenas os galpões onde havia um centro de treinamento de trabalhadores da Emater estão subutilizados. Ele explica que essa pequena fração do campo passa por um período de transferência para o Instituto Federal Farroupilha (IFF), com sede em Santa Maria.
O IFF deve usar o espaço como um campus descentralizado do município de Júlio de Castilhos. A partir de 2015, a ideia é dar início a cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) no local. Além da parceria, o diretor-presidente da Fepagro ressaltou que a fundação deve submeter à Assembleia Legislativa a doação de 18,7 hectares da área para o IFF.