Líderes latino-americanos demandam distribuição equitativa de vacinas

Líderes latino-americanos demandam distribuição equitativa de vacinas

Países apontaram que mais da metade das doses globais ficou com cinco nações mais ricas

AFP

Costa Rica é uma das nações que reclama da falta de vacinas acessíveis no mercado

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Seis líderes de países latino-americanos e caribenhos pediram nesta segunda-feira à comunidade internacional por acesso equitativo às vacinas contra a Covid-19. Eles exigiram que as nações que têm mais passem a compartilhá-las.

"Fazemos um apelo veemente aos países que têm doses excessivas ou que já vacinaram sua população de risco, a implementarem medidas para que esses excedentes sejam distribuídos de forma equitativa e imediata", diz o comunicado divulgado pelo presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado.

O pedido também é assinado por Alberto Fernández, presidente da Argentina; Andrés Manuel López Obrador, Presidente do México; Andrew Michael Holness, primeiro-ministro da Jamaica; Luis Alberto Arce Catacora, presidente da Bolívia; Guillermo Lasso Mendoza, Presidente do Equador, e Luis Alberto Lacalle Pou, Presidente do Uruguai. Segundo os governantes, das 1,3 bilhão de doses de vacinas administradas globalmente, mais da metade foi usada em cinco países que respondem por 50% do PIB global. "No total, os países de baixa renda receberam apenas 0,3% das doses mundiais", denunciaram.

Os seis líderes aderem a um pedido semelhante feito pelo Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e pelo Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres. "Ninguém estará seguro até que estejamos todos seguros. Enfrentar e se recuperar da pandemia só será possível quando as vacinas chegarem a populações de risco em todo o mundo", afirmaram os líderes na carta, assinada em conjunto. "As novas e mais perigosas variantes do vírus covid-19 mostram que a vacinação isolada por país é uma estratégia ineficaz para acabar com a fase aguda da pandemia", acrescentaram.


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