Leite pede que instituições "investiguem o que tiver que ser investigado" sobre Bolsonaro

Leite pede que instituições "investiguem o que tiver que ser investigado" sobre Bolsonaro

Governador disse que confia nas instituições da República e defendeu sobriedade para combate ao novo coronavírus

Correio do Povo

Governador postou vídeo nas redes sociais

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Em vídeo divulgado nas redes sociais na noite deste sábado, o governador Eduardo Leite (PSDB) comentou as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro conta o presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo gaúcho afirmou que confia nas instituições da República e cobrou atitudes. "O que nós precisamos agora é que as instituições responsáveis investiguem o que tiver que ser investigado a partir das últimas revelações", disse o tucano na curta mensagem.

Leite defendeu que o País retome a normalidade para que possa focar no comabte à pandemia de Covid-19, que já vitimou 35 pessoas no Estado e mais de quatro mil de Brasil, de acordo com os últimos dados oficiais. "O Brasil neste momento precisa de sobriedade institucional para que a população confie e se engaje nas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus. Esse é o nosso problema real e urgente", afirmou o líder do Piratini.

Ao anunciar a saída do cargo, na sexta-feira, o ex-ministro acusou o presidente de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal (PF) para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. “Me quer fora do cargo”, disse. Moro falou também que não assinou a exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral do órgão, conforme publicado no Diário Oficial da União – o documento foi corrigido posteriormente, em edição extra.

Carta Aberta

Apoiador de Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, ele faz parte do grupo de 20 governadores que assinou "Carta Aberta à Sociedade Brasileira e em defesa da Democracia", após o presidente discursar em ato em frente ao Quartel General do Exército, no Plano Piloto da Capital Federal, no dia 19 de abril. No documento, ele e seus colegas ratificam apoio aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

O texto também traz uma resposta as críticas que Bolsonaro vem direcionando aos governadores e prefeitos, acusando os de minimizar os impactos econômicos da Covid-19 no país estimulando o isolamento social. "Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda da saúde da população e da proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma e de outra possam ser distintos".


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