Médico brasileiro é preso no Egito após gravar vídeo com comentários sexuais a vendedora

Médico brasileiro é preso no Egito após gravar vídeo com comentários sexuais a vendedora

Com consultório em Porto Alegre, Victor Sorrentino estava na cidade de Luxor quando falou com mulher em bazar

Correio do Povo

Médico foi preso neste final de semana no Egito

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O Ministério do Interior egípcio anunciou na noite deste domingo que localizou e prendeu o médico e influenciador gaúcho Victor Sorrentino, após ele compartilhar vídeos em que faz comentários misóginos contra uma vendedora em uma na cidade de Luxor, no sul do país. Há quatro dias, o profissional, que atende em consultório em Porto Alegre e atua também como palestrante internacional fez comentários em português a uma venda mulher em um bazar  local. "Vocês gostam mesmo é do bem duro, né? Comprido também fica legal, né?”, disse na gravação compartilhada no seu Instagram e depois apagada. Sem entender, a funcionária ri e acena com a cabeça.

"O Ministério do Interior conseguiu prender um estrangeiro após assédio a uma menina, depois de publicar um videoclipe contendo o incidente de assédio em um dos sites de redes sociais da Internet, onde os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e o autor do incidente, e tomar as medidas judiciais contra ela e apresentar ao Ministério Público competente", afirmou o órgão uma publicação nas redes sociais.

Após a gravação gerar revolta nas redes sociais, Sorrentino tornou privado seu perfil de quase um milhão de seguidores no Instagram e divulgou um vídeo pedindo desculpas, ao lado da mulher. Ele disse que costuma fazer esse tipo de “brincadeira” com amigos e familiares. “Como eu vi que tu é uma pessoa risonha e estava brincando junto com a gente, eu acabei brincando”, justificou, afirmando ainda ser uma pessoa "brincalhona".

Mesmo assim, a hashtag #حاسبوا_المتحرش_البرازيلي (responsabilizem o assediador brasileiro, em tradução literal) se popularizou após a iniciativa "Speak Up, um movimento feminista no Egito, compartilhar a história no Twitter.

"Ele se aproveitou pela segunda vez e disse havia contado uma 'piada brasileira’ sobre ela no dia anterior. Claramente, a moça não entendeu a piada no dia anterior, então não saberia nem mesmo por que ele estaria se desculpando. A tentativa do médico de limpar a sua imagem não foi bem sucedida, pois as mulheres brasileiras decidiram fazer com que o acorrido chegasse até às autoridades, para que uma atitude seja tomada. Já que o assédio não é aceito no Brasil, por que poderia ser praticado no Egito? O médico que decidiu se aproveitar da inocência dessa moça e seu pouco entendimento do português ainda se encontra no Egito", disse o coletivo em um post no Facebook.


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