Maior geleira dos Alpes pode desaparecer até 2100, diz estudo

Maior geleira dos Alpes pode desaparecer até 2100, diz estudo

Mais de 90% das 4.000 geleiras nos Alpes desaparecerão até 2100 se emissões de gases do efeito estufa não diminuírem

AFP

Aletsch, situada nos Alpes suíços, tem cerca de 11 bilhões de toneladas de gelo

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Aletsch, a maior geleira dos Alpes, pode desaparecer completamente até o fim deste século se nada for feito para deter a mudança climática, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira. Um grupo de pesquisadores da Suíça utilizou um simulador de vanguarda para demonstrar como a geleira Aletsch vai mudar se o planeta continuar aquecendo, segundo a ETH, a universidade politécnica de Zurique. Estima-se que esta geleira, com uma superfície de 86 km2, situada nos Alpes suíços, contém cerca de 11 bilhões de toneladas de gelo, e sua extensão já diminuiu um quilômetro desde o início do século.

Os cientistas alertam que esta tendência continuará inclusive se o mundo conseguir cumprir o objetivo do Acordo de Paris de 2015 (COP21) de limitar o aquecimento global abaixo de 2ºC em relação ao início da era industrial. A equipe de pesquisadores da ETH indicou que, mesmo no melhor dos casos, a geleira perderia ao menos 50% de seu volume e comprimento atuais até 2100, enquanto no pior dos cenários "restarão apenas algumas 'manchas' de gelo".

Aletsch é uma das mais de 4.000 geleiras, reservas de gelo amplas e muito antigas, que existem nos Alpes, que fornecem enormes quantidades de água com os degelos sazonais e formam algumas das paisagens mais impressionantes da Europa. Em um estudo realizado no início deste ano, os pesquisadores da ETH determinaram que mais de 90% dessas geleiras desaparecerão até 2100 se as emissões de gases do efeito estufa não diminuírem. O estudo publicado nesta quinta-feira se concentrou apenas na geleira mais importante deste sistema montanhoso europeu.


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