Mais de 3,5 mil toneladas de materiais são retiradas do Arroio Dilúvio

Mais de 3,5 mil toneladas de materiais são retiradas do Arroio Dilúvio

Pneus, sofás, pedaços de veículos, máquinas de lavar, garrafas PET e bombonas de água mineral foram encontrados no local

Cláudio Isaías

Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), que já retiraram mais de 3,5 mil toneladas de materiais no serviço de dragagem do Arroio Dilúvio

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Os serviços de dragagem do Arroio Dilúvio, coordenados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), que já retiraram mais de 3,5 mil toneladas de materiais, mostram uma questão preocupante para a cidade de Porto Alegre: o descarte irregular de lixo que infelizmente segue sendo realizado pela população. Nos trabalhos que iniciaram em janeiro deste ano, foram encontrados, por exemplo, pela empresa contratada pela prefeitura: pneus, sofás, pedaços de veículos, máquinas de lavar, garrafas PET e bombonas de água mineral.

Nesta quinta-feira, os trabalhos das equipes estavam sendo realizados no trecho localizado nas proximidades do Museu da PUCRS, de onde já foram retirados mais de 150 pneus pelas escavadeiras. O secretário municipal dos Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, informou que a dragagem do Arroio Dilúvio segue focada nos trechos com maior assoreamento, para aumentar a capacidade de vazão, especialmente nos períodos de chuvas.

No entanto, o secretário lamenta ainda a grande quantidade de material procedente do descarte irregular de lixo na cidade. "A exemplo dos dois primeiros trechos, onde ,mais de 400 pneus foram retirados do Dilúvio, já passamos de cem, neste terceiro ponto do Dilúvio", ressaltou.

Outro fator que contribui para a presença de lixo no riacho Ipiranga são os moradores de rua que vivem em alguns locais da estrutura que acabam jogando o lixo no arroio. Pela manhã, algumas pessoas que vivem em barracas improvisadas estavam embaixo das pontes nas avenidas Getúlio Vargas, da João Pessoa nas proximidades do hospital Ernesto Dornelles e no trecho da avenida Ipiranga, entre as ruas Santana e Ramiro Barcelos, próximo do Planetário da Ufrgs.

Neste local, havia uma grande concentração de moradores que realizavam a queima dos produtos recolhidos na rua. O material retirado do Arroio Dilúvio é formado basicamente por areia. O resíduo foi classificado, a partir de análises em laboratório credenciado, o que significa que o mesmo não apresenta perigo para a área onde está e não pode contaminar áreas de maneira irreversível.

O material é enviado para aterros com Licença de Operação para recebimento desse tipo de resíduo. As próximas atividades de dragagem em Porto Alegre devem contemplar o Arroio Dilúvio (trecho próximo ao Palácio da Polícia), Arroio Sanga da Morte, no bairro Cristal e Arroio Sarandi , na avenida Assis Brasil em direção à Casa de Bombas 10.


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