Mandetta confirma demissão do Ministério da Saúde

Mandetta confirma demissão do Ministério da Saúde

Anúncio foi feito na sua conta no Twitter

Correio do Povo e R7

Mandetta deve sair do cargo da Saúde

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O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta confirmou na tarde desta quinta sua demissão da pasta. O anúncio foi feito na sua conta no Twitter. O ministro chegou por volta das 15h30min desta quinta-feira (16) ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. 

Ele se despediu dos funcionários da pasta antes de ir se encontrar com o presidente. Nas últimas semanas, Mandetta e Bolsonaro divergiram, por algumas vezes publicamente, a respeito da condução das políticas de saúde diante da pandemia de coronavírus.

O ministro defendia uma ação mais ampla, para evitar aglomerações e estimular redução de fluxo urbano, com medidas como trabalho em home office e fechamento do comércio em locais com grande número de casos. Já Bolsonaro defende um "isolamento vertical", em que sejam afastadas pessoas acima de 60 anos ou que apresentem outras doenças.

Deixam também seus cargos Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde, e João Gabbardo, secretário-executivo do Ministério da Saúde.

A última aparição pública da cúpula do Ministério da Saúde foi na quarta-feira (15), durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Na entrevista coletiva, Mandetta disse estar "cansado", embora negue ter forçado a demissão.

No domingo, Mandetta concedeu uma entrevista em que afirmou que os brasileiros não sabiam se ouviam o ministro ou o presidente, o que criou um desconforto até mesmo entre os militares no governo, que defendiam a permanência dele. 

Histórico

Luiz Henrique Mandetta estava à frente do Ministério da Saúde desde o início do governo Jair Bolsonaro. Deputado por dois mandatos, ele desistiu de concorrer à reeleição em 2018.

Formado em medicina, Mandetta é especializado em ortopedia pediátrica e gestão de serviços e sistema de saúde. Iniciou sua carreira como médico no Hospital Geral do Exército e, em 1993, passou a compor o quadro de médicos da Santa Casa de Campo Grande (MS).

Em 1996, foi admitido como médico adjunto do Hospital Universitário e atuou também como professor do curso de pós-graduação da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Em 2004, iniciou gestão de quatro anos como conselheiro eleito do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul.

De 2005 a 2010, entrou na política ao assumir a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (MS).

Após esse período, exerceu dois mandatos como deputado federal pelo Mato Grosso do Sul (2011 e 2018), quando empenhou esforços nas áreas sociais, especialmente saúde, medicina, assistência social e educação, compondo comissões e subcomissões temáticas, além representante do grupo de parlamentares brasileiros no Parlamento do Mercosul.


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