Manifestação contra o racismo marca a tarde de domingo em Porto Alegre

Manifestação contra o racismo marca a tarde de domingo em Porto Alegre

Antes de se juntar a ato antifascista, grupo denunciou violência contra o povo negro nos EUA, no Brasil e no Rio Grande do Sul

Gabriel Guedes

Manifestação pelas vidas negras ocorreu no Centro de Porto Alegre

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A morte de George Floyd pelo policial Derek Chauvin, em Minneapolis, nos Estados Unidos, no dia 25 de maio, inflamou os movimentos antirraciais em todo o mundo. Em Porto Alegre, a tarde deste domingo foi reservada para que negros, indígenas e brancos que apoiam a causa, realizassem o ato “Vidas Negras Importam”. A concentração iniciou às 13h, na Praça Brigadeiro Sampaio, também conhecida como Praça do Tambor, no Centro Histórico de Porto Alegre. A manifestação ainda reivindicou justiça para as pessoas negras assassinadas no Brasil. O protesto também se transformou uma marcha, pelo Centro da Capital, que acabou posteriormente se somando ao movimento antifascista, que também realizou seu ato na tarde deste domingo.

Nas mãos, vários cartazes e bandeiras faziam menção a “Vidas negras importam”, a Floyd e também à Marielle Franco, vereadora negra assassinada no Rio de Janeiro. Também houve a participação da família de Gustavo Amaral, engenheiro morto pela Brigada Militar, em Marau, no dia 19 de abril.

Pouco depois das 14h, centenas partiram em direção à rua Riachuelo, onde encontrariam os manifestantes do ato contra o governo Bolsonaro. Logo na saída, na esquina da Rua dos Andradas com rua General Portinho, o grupo se ajoelhou em frente aos policiais que mantinham o isolamento do perímetro onde fica o quartel general da Brigada Militar e Comando Militar do Sul.

“É um ato em solidariedade à luta do povo negro norte-americano, por que o brasileiro tem muita identificação com a luta do povo negro norte-americano, que são duas sociedades que sofrem com o racismo cotidiano, como uma ferida aberta há muito tempo. A gente também quer alertar para a violência policial no Rio Grande do Sul, como o caso do Gustavo Amaral e do angolano morto em Gravataí também”, afirma Gilvandro Antunes, do movimento Vidas Negras Importam. Segundo a liderança, mesmo no RS, um jovem negro e da periferia tem grandes chances de sofrer violência policial.


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