Marchezan descarta construção de hospital de campanha e classifica estrutura como “puxadinho”

Marchezan descarta construção de hospital de campanha e classifica estrutura como “puxadinho”

Porto Alegre vai manter ações previstas no plano de contingência conforme ocorrer a expansão dos casos

Felipe Samuel

Prefeito Nelson Marchezan Júnior classificou a construção de hospital de campanha como “puxadinho”

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Apesar do aumento da demanda por leitos de UTI em Porto Alegre por pacientes confirmados e suspeitos do novo coronavírus, o prefeito Nelson Marchezan Júnior descartou nesta terça-feira a instalação de hospital de campanha e classificou a construção dessas estruturas como “puxadinho”. 

Ao contrário de Rio de Janeiro e São Paulo, que construíram unidades de campanha para receber enfermos da Covid-19, Porto Alegre vai manter as ações previstas no plano de contingência conforme ocorrer a expansão dos casos.

Ao garantir que o município tem "gestão e capacidade" para não necessitar de leitos de campanha, Marchezan criticou o debate em torno do assunto. "Hospital de campanha não é o ideal, hospital de campanha é um puxadinho. Porto Alegre não precisa de puxadinhos, Porto Alegre fez seu trabalho nos últimos três anos, abriu hospitais e leitos todos os anos, não precisa fazer hospital de campanha", afirmou. Na avaliação do prefeito, a cidade conta com estrutura hospitalar e equipamentos suficientes.  

Conforme o prefeito, nos últimos dias hospitais referência no atendimento a pacientes da Covid-19 anunciaram abertura de novos leitos de UTI e enfermaria na cidade. "Se tiver expansão acima daquilo que a gente deseja, e estamos tentando evitar com restrição de circulação, vamos ter que usar todas as estruturas hospitalares da cidade de Porto Alegre, públicas e privadas terão que ter espaços específicos para Covid-19", observou.

O plano de contingência hospitalar elaborado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), atualizado em 11 de junho, informa que “o Estado considera a possibilidade de construção de hospitais de campanha apenas em situação de possibilidade iminente de colapso do sistema de saúde”.

O documento reforça que o Rio Grande do Sul possui uma rede hospitalar 'bastante potente e organizada' e dispõe de hospitais com leitos de UTI em todas as macrorregiões de saúde.

De acordo com o plano, no Modelo de Distanciamento Controlado as regiões de saúde Covid-19 foram definidas levando em consideração os leitos de UTI - além de agrupar municípios conforme referência primária para leitos de UTI.

 Na avaliação da SES, os hospitais de campanha são serviços hospitalares temporários que são organizados e implantados a partir da necessidade de aporte rápido à rede hospitalar com leitos clínicos e de UTI quando a rede existente for “insuficiente ou já estiver esgotada”.

O documento alerta que alguns municípios colocaram no seu planejamento a estratégia de atendimento à população em hospitais de campanha.


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