Medidas mais restritivas ao comércio reduzem circulação pessoas no Centro de Porto Alegre

Medidas mais restritivas ao comércio reduzem circulação pessoas no Centro de Porto Alegre

Decreto municipal que ampliou as restrições aos estabelecimentos entrou em vigor nesta quarta-feira

Cláudio Isaías

Decreto municipal permite que lojas coloquem totens na calçada para o pagamento de carnês

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Com os estabelecimentos comerciais fechados, diminuiu a circulação de pessoas no Centro de Porto Alegre. Na manhã desta quarta-feira, primeiro dia da entrada em vigor do novo decreto municipal que ampliou as restrições às atividades econômicas na cidade, as grandes lojas amanheceram fechadas.

Estabelecimentos comerciais como a C&A, Renner, Gaston, Paquetá, Casas Maria, Marisa, Riachuelo, Pernambucanas, Americanas, Magazine Luiza, Ponto Frio e lojas Colombo não abriram suas portas. Na Renner, Colombo, Magazine Luiza e Riachuelo, foram colocados guichês para que os clientes pudessem realizar o pagamento da fatura, conforme foi autorizado pela prefeitura da Capital.

Diversos pequenos estabelecimentos ao longo das ruas dos Andradas, Marechal Floriano Peixoto, Doutor Flores, Otávio Rocha e Vigário José Inácio colocaram cartazes informando que o atendimento estava sendo realizado por telefone. A rua Voluntários da Pátria também apresentou uma diminuição na circulação de pedestres.

Na Renner, da rua dos Andradas, e na da Otávio Rocha, foram colocados cartazes para informar os clientes sobre o fechamento das lojas. O comunicado alerta que as lojas estarão fechadas, temporariamente, seguindo orientação da prefeitura. Não foi permitido a entrada do público nas lojas.

Na Magazine Luiza e na Colombo, na rua Doutor Flores, os funcionários informavam os clientes sobre as novas restrições. O acesso de clientes aos dois estabelecimentos comerciais somente era permitido para o pagamento de faturas do cartão e contas de água, luz, IPTU, internet e telefone, no caso das lojas Colombo.

Durante a manhã de hoje, a fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico retirou ambulantes que chegaram cedo na rua dos Andradas para comercializar seus produtos. A prefeitura de Porto Alegre decidiu ampliar as restrições à circulação de pessoas e às atividades econômicas. A medida foi tomada em função do aumento de internações em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) da Capital.

Para o setor de alimentação, a partir desta quinta-feira, começam a valer as medidas mais restritivas e para indústria e construção civil, a partir de sexta-feira, dia 26 de junho. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento informou que tanto as lojas do comércio de rua quanto as dos shopping centers estão sendo fiscalizadas para verificar se estão cumprindo o decreto publicado pela prefeitura.

O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, disse que haverá o fechamento de muitas lojas e que estão previstas mais demissões no setor. Segundo ele, a saúde é prioridade, no entanto, é preciso que se busque soluções conjuntas para a saúde e para a economia.

"Enfrentamos 60 dias de comércio fechado. Agora, houve um retorno de 20 dias em que as vendas foram de apenas 50%. Muitos lojistas não vão conseguir segurar essa nova parada", lamentou. O presidente da CDL POA, Irio Piva, afirmou que muitas lojas vão fechar por conta da pandemia e que os lojistas não terão como segurar seus funcionários.

"Os empresários realizaram uma série de investimentos na retomada das atividades com protocolos de segurança e a reposição de estoques e agora o comércio fecha novamente. Vai ter gente que não vai aguentar e vai fechar", acrescentou. Piva acredita que muitos lojistas vão demorar para se recuperar dessa crise causada pelo coronavírus.


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