Melo volta a falar de cercamento de parques em Porto Alegre
Prefeito lembrou de furtos recentes e que discussão não pode ser "fundamentalista"
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Sebastião Melo voltou a falar sobre cercamento de parques em Porto Alegre. Após retornar de visita oficial à Escandinávia, com agendas na Dinamarca e na Suécia, o prefeito participou de agenda no Parque Moinhos de Vento, o Parcão, e trouxe à tona o tema. Ele lembrou do furto de lâmpadas no local, além de 56 refletores da iluminação cênica dos 250 anos de Porto Alegre no Parque Farroupilha, a Redenção.
“Aquilo vai custar R$ 600 mil para nosso bolso. Estamos abrindo a discussão sobre o cercamento ou não de parques. Não pode ser tratado de forma fundamentalista, xiita ou grenalizado, mas caso a caso”, frisou. O executivo municipal deve levar ainda esse mês, a discussão para a Câmara dos Vereadores, onde o prefeito pretende debater a questão.
Melo disse que há outras formas de conservação dos espaços públicos, mas que para isso é necessário o apoio da comunidade. “A sociedade tem que dizer que os ocupados vão ocupar o parque, pois se não os desocupados tomam conta”, afirmou. Além da conservação e do papel cultural dos parques, Melo reforçou a necessidade de apoio privado para projetos como a recuperação do Arroio Dilúvio, anunciado ainda na Europa. “Ali o caminho é a parceria. Só o dinheiro público não será suficiente”.
Cidade sustentável
O prefeito destacou a necessidade de novos meios de transporte que prejudiquem menos o meio ambiente com a emissão de gases, citando ônibus e carros elétricos, além do fomento do uso de bicicletas, a exemplo do que viu na viagem da semana passada. “Essa é a cidade que eu quero. A cidade tem que ser das pessoas, com transporte coletivo que as pessoas sejam estimuladas a usar”, disse.
Para o chefe do executivo municipal, é necessário “virar algumas chaves” em Porto Alegre, fazendo da Capital uma cidade mais "cuidadora". “Mas não tem uma cidade assim se depender só do prefeito e da sua equipe”. Ele lembrou que só na limpeza do Arroio Passo das Pedras, que desemboca no Sarandi e no Passo da Mangueira, a prefeitura tirou 2,8 mil pneus. “Isso não pode acontecer”, completou.
