Mesmo com medidas de restrição, movimento ainda é intenso no Centro de Porto Alegre

Mesmo com medidas de restrição, movimento ainda é intenso no Centro de Porto Alegre

Nem mesmo o fechamento das grandes lojas inibiu a presença das pessoas na rua dos Andradas

Claudio Isaías

Ainda é intensa a circulação de pessoas no Centro de Porto Alegre

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O movimento no Centro de Porto Alegre, após a adoção das medidas restritivas anunciadas pela prefeitura em função da Covid-19, apresentou uma pequena redução. Ainda, é intensa a circulação de pessoas, por exemplo, na rua do Andradas, no trecho compreendido entre as ruas General Câmara e Doutor Flores, e nas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho. 

Na rua dos Andradas, mesmo com a fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico que tem o objetivo de evitar aglomerações, os ambulantes marcam presença com a exposição dos seus produtos. 

Pela manhã, no trecho entre as ruas Uruguai até a Marechal Floriano Peixoto, eles comercializavam todo o tipo de produto desde máscara de proteção contra o coronavírus, equipamentos para telefones celulares e eletrônicos. Sobra pouco espaço para a circulação dos pedestres que acabam por se aglomerar em determinados trechos da rua da Praia. 

Máscaras

O ponto positivo das medidas de proteção é que a maioria das pessoas que circulam na rua dos Andradas estão utilizando máscara. Alguns chegam a andar também com face shield (protetor facial) e máscara. Na rua dos Andradas, nem mesmo o fechamento das grandes lojas em função do decreto municipal, inibiu algumas pessoas que seguem circulando tranquilamente na área central.    

A rua Voluntários da Pátria é um dos locais que chama a atenção pela aglomeração de pessoas, principalmente entre a Praça Parobé, ao lado Mercado Público, até a rua Doutor Flores. Neste ponto, os vendedores ambulantes dominam a via oferecendo todo o tipo de produtos. Quase todos sem máscara. Mesma situação ocorre no Largo Glênio Peres, onde comercializam frutas e verduras, sem a utilização de máscara. Outro ponto de aglomeração de pessoas é nas proximidades do Centro Popular de Compras, o POP Center, onde ambulantes e consumidores dividem o mesmo espaço.  

Padarias

As padarias do Centro Histórico de Porto Alegre, tradicionais pelo intenso movimento, viram a circulação de clientes diminuir desde março. A presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação, Confeitaria, de Massas Alimentícias e Biscoitos do Rio Grande do Sul (Sindipan/RS(), Carla Carnevali Gomes, disse que os estabelecimentos comerciais em razão das restrições impostas pelo decreto estão tentando permanecer abertas e lutando para manter os empregos dos trabalhadores. "Não podemos fechar porque somos essenciais em um bairro como é o caso do Centro", destacou. 

Ana Bueno, proprietária da padaria e confeitaria Quero Pão,  na rua Fernando Machado, disse que viu despencar o movimento com as novas medidas anunciadas pelo Executivo municipal ."Estamos lutando com o oferecimento de promoções e tele-entrega para não fecharmos e também para não demitir os funcionários", ressaltou. Estabelecimentos como a Padaria e Confeitaria Roma, na rua dos Andradas e Confeitaria Paris, na rua Riachuelo, optaram pelo Pegue e Leve para tentar sobreviver em meio a crise do coronavírus.    

No dia 16 de junho, as grande lojas do Centro de Porto Alegre fecharam, em função do novo decreto municipal. Redes como a Renner, Gaston, Paquetá, Americanas, Casas Maria, Marisa, Riachuelo, C& A, Pernambucanas, Magazine Luiza e lojas Colombo seguem fechadas. As únicas que recebem clientes, exclusivamente para o pagamento de faturas são as lojas Renner, Colombo e Magazine Luiza. 

Na rua dos Andradas, os funcionários da Renner colocaram guichês na frente do estabelecimento comercial, com álcool em gel, para que os clientes possam realizar o pagamento da fatura no cartão de débito. Não é permitido a entrada do público na loja. 

Já nas lojas Magazine Luiza e Colombo, na rua Doutor Flores, o acesso dos clientes aos dois estabelecimentos comerciais somente é permitido para o pagamento de faturas do cartão e contas de água, luz, IPTU, internet e telefone, no caso das lojas Colombo. Mesmo assim a entrada nas lojas é de no máximo três pessoas e com máscara.


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