Metroviários alertam usuários sobre paralisação marcada para terça-feira

Metroviários alertam usuários sobre paralisação marcada para terça-feira

Trabalhadores não irão operar os trens das 5h às 7h, como parte de um protesto para pressionar pela vacina contra Covid-19

Cláudio Isaías

Metroviários prometem interromper os serviços em duas horas nesta terça

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Os usuários da Trensurb precisam ficar atentos nesta terça-feira com a paralisação de duas horas dos trabalhadores da empresa. Das 5h às 7h, as 22 estações do trem estarão fechadas. Na manhã desta segunda-feira, foram colocados cartazes em todas as estações que hoje transportam, em função da pandemia da Covid-19, cerca de 73 mil pessoas por dia.

O material tinha a seguinte mensagem; "Atenção usuários da Trensurb. Nesta terça-feira, os trens atrasarão duas horas. Neste dia, as estações abrirão às 7h. A mobilização dos metroviários é pela vacinação dos trabalhadores que não podem ficar em casa". A mobilização em Porto Alegre faz parte do Dia Nacional de Luta e é coordenada pela Federação dos Metroferroviários (Fenametro), e deve se repetir em outras cidades brasileiras. 

Foto: Guilherme Almeida 

Trensurb quer evitar paralisação 

A direção da Trensurb, que opera a linha de trens que liga Porto Alegre a cinco cidades da Região Metropolitana - Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo - , anunciou ter entrado com uma ação judicial para evitar a paralisação.

O objetivo é garantir a prestação dos serviços no dia do protesto, anunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Rio Grande do Sul (Sindimetrô/RS). Pressionando pela vacina contra a Covid-19, os metroviários prometem interromper os serviços em duas horas. 

A ação de abusividade de greve tramita no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. No documento, a empresa reafirmou a essencialidade do serviço de trens, sobretudo em período de pandemia. A empresa sustenta que o usuário do sistema necessita chegar aos hospitais nas cidades atendidas pelo trem, seja em busca de atendimento, seja para trabalhar nesses locais.

Em outro trecho, a Trensurb registra que “o transporte coletivo executado pela empresa está entre os serviços essenciais e não pode ficar à mercê de uma paralisação total em sua operação, ainda que por período de duas horas”.

Vacinação 

Segundo a Fenametro, a meta é alertar a população quanto à importância de priorizar a vacinação de grupos que mantiveram as atividades durante a pandemia da Covid-19. A entidade estima que, entre trabalhadores diretos e indiretos, 1,5 mil pessoas atuam para garantir a circulação dos trens.

Na petição, a empresa requer a aplicação de multa de R$ 500 mil ao sindicato, caso insista na paralisação. Para a direção da Trensurb, a prática é abusiva em relação ao direito de greve, além de não ter amparo legal.


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