Milhares ocupam ruas centrais de Porto Alegre em protesto da greve geral

Milhares ocupam ruas centrais de Porto Alegre em protesto da greve geral

Marcha foi pacífica em sua maior parte, mas foi dispersada com bombas de gás no fim

Correio do Povo

Multidão ocupou ruas centrais contra medidas do governo

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Milhares de pessoas se reuniram na área central de Porto Alegre, nesta sexta-feira, num grande protesto contra a Reforma da Previdência e outras medidas do governo Bolsonaro. De acordo com os organizadores, 50 mil começaram uma caminhada na Esquina Democrática para, depois, percorrerem diversas ruas do Centro até a dispersão no Largo Zumbi dos Palmares.

A marcha, organizada por centrais sindicais e outras entidades de trabalhadores, teve muitos cartazes e cânticos atacando o governo federal, mas seguiu pacífica ao longo do percurso. Ao lado dos discursos contra as mudanças na Previdência, a defesa da educação, principalmente do Ensino Superior, foi uma bandeira forte na manifestação.

Por conta da intenção do governo do Estado, de privatizar algumas estatais, também foram vistas faixas e cartazes em defesa das companhias públicas. Uma bandeira gigante do Rio Grande do Sul, com os dizeres "o RS não está à venda", foi pendurada sobre o viaduto Otávio Rocha.

Foram poucos os registros de depredações, mas uma lotação foi pichada com a palavra "greve", no meio da Borges de Medeiros. Depois disso, um colchão foi incendiado no meio da rua. Na Loureiro, um morador de edifício jogou ovos nos manifestantes, num gesto para repreender o protesto.

Por volta das 19h, o grupo chegava à avenida Loureiro da Silva, em direção ao Largo Zumbi dos Palmares. Por conta da progressão, o trânsito precisou ser bloqueado ou desviado pela EPTC em diversas ocasiões. A bordo do caminhão de som, os últimos discursos convocaram para nova paralisação, com o objetivo de fazer uma greve de dois dias. A marcha começou a dispersar às 19h50min.

Apesar disso, cerca de 50 manifestantes permaneceram bloqueando a Loureiro. A Brigada Militar negociou a saída por algum tempo, deu prazo de cinco minutos, mas com a recusa dos presentes, avançou com bombas de gás. Uma garrafa chegou a ser arremessada contra um dos policiais.


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