Militantes de esquerda invadem igreja em Curitiba

Militantes de esquerda invadem igreja em Curitiba

Grupo com bandeiras de partidos interrompeu celebração religiosa com gritos de “fascistas” e “racistas”

Correio do Povo

Grupo com bandeiras de partidos interrompeu celebração religiosa com gritos de “fascistas” e “racistas”

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*Com informações de R7 e RicMais

Um grupo de militantes com faixas do Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB) interrompeu, no último sábado, uma missa religiosa em uma igreja de Curitiba, no Paraná, com gritos acusatórios de “fascistas” e “racistas”. O ato ocorreu por volta das 17h.

O vereador da cidade, Renato Freitas (PT) estava no grupo que acusou os católicos de terem apoiado um “policial que está no poder”, relacionando a igreja à morte de negros como a do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe e a de Durval Teófilo Filho, cujos crimes não ocorreram em Curitiba.

Kabagambe foi espancado e morto em 24 de janeiro, no Rio de Janeiro, por três homens que confessaram o crime e estão presos desde o dia 1º de fevereiro. A motivação teria sido uma discussão em um quiosque na orla da cidade. Teófilo Filho foi morto quando chegava em casa, no dia 2 de fevereiro, por um vizinho que o confundiu com um assaltante.

Por meio de nota divulgada pela Arquidiocese de Curitiba, o arcebispo dom José Antonio Peruzzio afirma que “o que houve no último sábado foram agressividades e ofensas. É fácil ver quem as estimulou”. A nota também menciona um pouco da história do local: “Desde a sua primeira inauguração, em 1737, a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos sempre foi um lugar de veneração e de celebração da fé. Foram os escravos a edificá-la. Hoje, muitos afrodescendentes a visitam. E o fazem em grupo ou individualmente. Sempre primaram pelo profundo respeito, até mesmo quando não católicos”.

Segundo informações do site oficial da Câmara dos Vereadores de Curitiba, no Paraná, Renato Freitas, 38 anos, cumpre seu primeiro mandato como vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), tendo recebido pouco mais de 5.000 votos. Natural de Sorocaba, interior de São Paulo, ele é graduado e mestre em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador na área de direito penal, criminologia e sociologia da violência.

Diante de um suposto pedido de cassação da candidatura do vereador, a assessoria comunicou que, “até o presente momento, nada foi protocolado”. Ou seja, “só iremos nos pronunciar a esse respeito quando e se formos informados oficialmente”.


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