Ministério da Saúde pode adotar sistema de regulação de internações hospitalares de Porto Alegre

Ministério da Saúde pode adotar sistema de regulação de internações hospitalares de Porto Alegre

Ministro Marcelo Queiroga encontrou-se com o prefeito Sebastião Melo na manhã deste sábado na abertura do 40º Curso de Inverno do Instituto de Cardiologia

Correio do Povo

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O Ministério da Saúde poderá adotar o sistema de regulação de internações hospitalares do SUS desenvolvido pela Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa), que é utilizado na Capital e também em todo o Rio Grande do Sul. “O prefeito nos convidou para a gente conhecer o processo de regulação. O sistema de saúde é construído dessa forma...O exemplo bem sucedido de Porto Alegre pode ser replicado em outros municípios do Brasil”, declarou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com exclusividade na manhã deste sábado à reportagem do Correio do Povo.

Ele fez palestra de abertura do 40º Curso de Inverno do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, da Fundação Universitária de Cardiologia, em Porto Alegre. “Importante é a eficiência na prestação da assistência à saúde. Não é só pedir dinheiro. Antes de querer mais recursos, precisa gerir bem os que existem”, frisou o ministro da Saúde.

“Vamos fazer uma proposta”, adiantou o prefeito Sebastião Melo, que participou com Marcelo Queiroga da abertura do evento, realizado no Auditório do Centro Cultural Rubem Rodrigues, na avenida Princesa Isabel, no bairro Santana. “Sempre quando converso com ele, o tema é saúde, é o fortalecimento do SUS...”, recordou o prefeito de Porto Alegre.

Sebastião Melo espera reunir-se em breve com o ministro da Saúde. “O sistema está dando muito certo aqui em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. A gente quer apresentá-lo para o ministro...A regulação permite ter uma gestão mais transparente”, disse.

“A regulação ajuda na gestão. Por exemplo, um paciente que precisa de um hospital e está em Uruguaiana, a regulação vai dizer que tem vagas em Cruz Alta, Santa Maria, Porto Alegre ou Caxias do Sul. Então esse paciente já é referenciado”, explicou o prefeito.

O ministro da Saúde elogiou o trabalho do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul pelos “serviços prestados à sociedade brasileira”. Marcelo Queiroga destacou que a instituição forma inclusive profissionais da saúde e “tem capacidade para mudar a história natural das doenças”.

Por sua vez, o diretor científico do Instituto de Cardiologia, médico Oscar Pereira Dutra, lembrou que o Ministério da Saúde fez um aporte financeiro em torno de R$ 60 milhões no final do ano passado à instituição, o que “nos permitiu a equalização de toda a nossa estrutura econômica e financeira, nos fez também remodelar nosso parque tecnológico”. A expectativa agora é de que um novo aporte aconteça neste ano.

Ele assinalou que a instituição é uma das mais importantes da área de cardiologia na América do Sul. “O berço da cardiologia fetal aconteceu aqui”, ressaltou.

Sobre a realização do 40º Curso de Inverno do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, o médico Oscar Pereira Dutra observou  que o evento teve formato híbrido, presencial e online, sendo o terceiro feito desde o início da pandemia do novo coronavírus. As duas edições anteriores foram na forma eletrônica.

Já preceptora da Residência Médica do Instituto de Cardiologia e diretora de comunicação científica da instituição, médica Miriana Basso Gomes, esclareceu  que o Curso de Inverno aborda “os principais temas para a prática da cardiologia, seja em consultório ou internação hospitalar”.

Segundo ela, o evento visa a atualização dos principais pontos da cardiologia, além de novidades da área. A médica Miriana Basso Gomes apontou ainda que a instituição comemorou 30 anos de atendimento de angioplastia primária.

O Instituto de Cardiologia tem um corpo clínico de cerca de 162 médicos, mantendo também hospitais filiados como Cachoeirinha, Alvorada, Viamão, Santa Maria e Distrito Federal. “Nossa população de colaboradores gira em torno de 4,5 mil”, calculou o médico Oscar Pereira Dutra.

Em relação ao número anual de pacientes, o diretor científico do Instituto de Cardiologia estimou entre 150 mil e 200 mil em toda rede. Em Porto Alegre, acrescentou, são por volta de 80 mil por ano.


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