Ministério Público vai à Justiça contra Salles e mais 12 por motociata em São Paulo

Ministério Público vai à Justiça contra Salles e mais 12 por motociata em São Paulo

Para a Promotoria, alvos incentivaram aglomeração e o não uso de máscara. Ação busca condenação ao pagamento total de R$ 800 mil

R7

Em São Paulo, a motociata de Bolsonaro custou R$ 1,2 milhão

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O Ministério Público de São Paulo ajuizou uma ação contra 13 pessoas acusadas de cometer irregularidades sanitárias durante a "motociata" em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, realizada em junho em São Paulo. Um dos alvos é o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que participou do evento. Para o Ministério Público, as 13 pessoas processadas promoveram o ato e participaram de forma ostensiva, desrespeitando regras sanitárias vigentes para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. 

Na petição inicial, o promotor da área de Direitos Humanos Arthur Pinto Filho considera que os organizadores do evento, assim como o presidente, seus ministros e integrantes de sua base de apoio, desrespeitaram leis e decretos e estimularam aglomerações e o não uso de máscaras. O processo visa à condenação dos envolvidos ao pagamento de valores que, somados, giram em torno de R$ 800 mil.

Para a Promotoria, "os requeridos descumpriram e incentivaram massa de pessoas a violar tais deveres, gerando sério prejuízo à saúde da população paulista". "Os requeridos agiram conjunta e orquestradamente para levar massas de pessoas às ruas, com absoluta ciência de que as medidas sanitárias em vigor naquele momento não só seriam desrespeitadas, mas, também, desafiadas e contrariadas por palavras e gestos, dando exemplo para a sociedade de um negacionismo absurdo", disse a Promotoria, na ação.

Multa

Na motociata realizada em São Paulo, o presidente foi multado pelo governo paulista em R$ 552,71 por não utilizar máscara.


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