Ministro prevê para abril de 2020 inauguração de nova ponte do Guaíba

Ministro prevê para abril de 2020 inauguração de nova ponte do Guaíba

Tarcísio de Freitas descartou problemas de altura que exijam alteração no projeto

Eduardo Amaral

Ministro acompanhou diversas obras rodoviárias em visita ao Estado

publicidade

Em visita às obras da nova ponte do Guaíba na tarde deste sábado, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, descartou qualquer alteração no projeto em razão da altura da ponte. “Não será necessário, acho que o projeto foi muito bem feito, ele é muito técnico, mostra um acerto da modelagem de negociação. Estamos vendo métodos novos que estão trazendo eficiência para a construção e está seguindo o cronograma adequado.” De acordo com ele, os estudos hidrológicos feitos pelo Ministério e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) garantem uma “excelente margem de segurança.” A previsão de Freitas é que a ponte seja totalmente concretada em setembro, e a inauguração ocorra em abril de 2020.

A questão da altura da ponte foi apontada pelo Correio do Povo em novembro do ano passado, quando navegadores mostravam preocupação que ela impedisse a travessia de barcos de passeio e mesmo de carros, o que foi descartado por Freitas. “Temos uma cota extremamente razoável em relação a cheia máxima, isso nos dá absoluta convicção da segurança e não há a menor possibilidade de um episódio de que água sequer chegue na parte superior da viga.”

Outro ponto abordado pelo ministro foi a questão das remoções, as quais segundo ele avançou bastante nos últimos meses, mas ainda não está completamente resolvida. De acordo com o DNIT, 500 pessoas das Ilha dos Marinheiros ainda precisam ser retiradas para a continuidade da obra. “Já temos os recursos a questão agora é fazer os acertos, continuar negociando para que possamos fazer isso da forma mais rápida possível. As negociações estão andando bem, o que já permitiu a liberação de outros trechos, então a obra está avançando bem onde antes ela não conseguia, a faixa principal está praticamente toda liberada.”

Mesmo assim, Freitas destacou a dificuldade em fazer as remoções devido a legislação, considerada antiga pelo ministro. “É sempre uma dificuldade porque não há um marco legal que trate dessa questão das desocupações, a nossa legislação é muito antiga, da década de 1940, isso acaba permitindo interpretações, interferências de determinados órgãos que acabam agindo em proteção a essas comunidades. Trabalhamos para trazer o melhor para elas, dar cidadania, um título de propriedade para concluir a obra e com ela atender também uma parte da população que precisa desse equipamento.”

A vistoria do ministro à obra fechou um ciclo feito por ele no fim de semana, já que ele também acompanhou as obras da BR-116 em Morro Reuter. Freitas garantiu que estes não devem ser os únicos investimentos que o estado receberá.  “O Rio Grande do Sul é um dos estados que tem a maior carteira no ministério, hoje temos como prioridade aquelas obras que estão avançadas que são a duplicação da BR 116, a Ponte do Guaíba o contorno de Pelotas, a travessia de Santa Maria na BR 158. Detectamos aqui que é necessário, por exemplo, dar curso nas obras da 116, duplicar a ponte do Rio dos Sinos, pensamos na recapacitação da malha sul de ferrovias para que possamos ligar o estado às outras unidades da federação, nossa intenção é ligar a malha férrea até Sumaré, em São Paulo.”


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895