Moradores da ilha Grande dos Marinheiros recebem tickets para a compra de alimentos

Moradores da ilha Grande dos Marinheiros recebem tickets para a compra de alimentos

Valor de R$ 300 será distribuído em três parcelas nos meses de outubro, novembro e dezembro

Cláudio Isaías

Tickets foram entregues para moradores da ilha que não têm nenhum tipo de ajuda do governo federal, não tem emprego e não recebem auxílio emergencial

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Os moradores da ilha Grande dos Marinheiros receberam nesta quinta-feira um ticket para a compra de alimentos no valor de R$ 300. O valor será distribuído em três parcelas de R$ 100 durante três meses - outubro, novembro e dezembro. A ação vai beneficiar aproximadamente 80 famílias, a sua maioria catadores e pessoas que vivem da reciclagem na ilha.

Na manhã desta quinta-feira, uma solenidade realizada na sede do Centro Social Marista Nossa Senhora Aparecida das Águas, na rua Nossa Senhora Aparecida, na Ilha Grande dos Marinheiros, marcou a entrega dos cartões de alimentação para as famílias em situação de vulnerabilidade social. A cerimônia contou com a presença de representantes da Parceiros Voluntários, da Fundação Telefônica Vivo e de moradores da comunidade. O valor disponibilizado de R$ 90 mil em alimentação será concedido durante três meses para 300 famílias distribuídas em 17 bairros de Porto Alegre

O presidente do conselho de administração da ONG Parceiros Voluntários, Daniel Santoro, disse que a ação é fundamental em um tempo de distanciamento e reforça o compromisso da iniciativa privada com o papel social que o mercado contemporâneo exige. “O projeto dá sequência ao que foi iniciado em agosto, mas atesta que mais do que influenciar na economia do país, empresas atentas, compreendem momentos e oportunidades", ressaltou.

Segundo ele, não estava no escopo inicial da Fundação Telefônica esse novo aporte, mas a sensibilidade em fazer conexões, descobrir e costurar interesses em comum entre organizações e pessoas foi fundamental neste novo tempo que pede o compromisso de todos. Conforme Santoro, neste momento de pandemia da Covid-19 é extremamente importante fazer a conjugação entre empresa socialmente responsáveis, como é o caso da Telefônica Vivo e a comunidade carentes que precisam de auxílio.

"Neste momento que tanta gente passa por dificuldade é preciso juntar forças e unir esforços para fazer chegar os recursos financeiros disponibilizados pelas empresas até as comunidades carentes", explicou.

Segundo José Alfredo Nahas, superintendente da Parceiros Voluntários, ainda que Porto Alegre seja considerada uma das cidades com melhor qualidade de vida, o município apresenta grandes disparidades entre seus bairros e regiões com índices sociais bastante preocupantes em setores como mortalidade infantil e analfabetismo. “Essa situação foi agravada por conta da pandemia que vivemos", acrescentou.

A gerente de Relações Institucionais da Telefônica Vivo, Laiana Elisa de Souza, disse que a empresa estava honrada em participar de um projeto com essa abrangência social em um momento tão difícil em função da pandemia. "As pessoas que receberam este ticket no valor de R$ 100 não têm nenhum tipo de ajuda do governo federal, não tem emprego e não recebem auxílio emergencial. É uma honra para a nossa empresa participar de uma ação para famílias em situação de vulnerabilidade social", destacou.

Além da ilha Grande dos Marinheiros, participam do projeto os bairros Serraria, Lageado, Anchieta, Lami, Mário Quintana, Chapéu do Sol, Lomba do Pinheiro, Farrapos, Cascata, Agronomia, Bom Jesus, Belém Velho, Restinga, São José, Santa Teresa e Belém Novo. As famílias que participarem da iniciativa não podem estar recebendo auxílio emergencial do governo federal e não podem ter sido contempladas no projeto Segurança Alimentar RS.

A doação por parte da Fundação Telefônica Vivo faz parte de uma série de medidas da Vivo em favor da sociedade durante a pandemia do coronavírus, que incluiu formação continuada de educadores e alunos, com cursos gratuitos durante o período de fechamento das escolas públicas no país, estímulo de colaboradores para prática de voluntariado digital e doação de cerca de R$ 38 milhões para hospitais públicos de 12 estados brasileiros, contribuindo para a compra de insumos e equipamentos para as UTIs, além de alimentação de 60 mil famílias em extrema pobreza.

A escolha por distribuir o vale alimentação, ao invés de cestas básicas, o que tradicionalmente acontece, é que além de ajudar as famílias tem o objetivo de fomentar a economia local. “O contexto de vulnerabilidade das famílias faz parte de todo um cenário maior. Elas estão inseridas, na maioria das vezes, em comunidades carentes. E esse ciclo também impacta os microempresários do local. Essa iniciativa, então, busca auxiliar toda uma cadeia social”, acrescentou Nahas.


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