Moradores e profissionais que atuam no Asilo Padre Cacique são vacinados

Considerados grupo prioritário para a vacinação contra o novo coronavírus, moradores e profissionais que atuam no Asilo Padre Cacique, no Menino Deus, receberam nesta terça-feira a primeira dose do imunizante, em ação que marcou o início da vacinação em Porto Alegre. A alegria estampada no rosto de Maria Ana Ziegler, 92, resumia a felicidade de ser a primeira moradora vacinada com a Coronavac - produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.  

Ao todo, 194 pessoas foram vacinadas na tenda instalada no pátio da instituição: 85 moradores, 89 funcionários e 20 voluntários integrantes do Conselho. Pouco antes da chegada do carregamento com os imunizantes, que saiu da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), localizada na mesma rua do asilo, na avenida Padre Cacique, moradores e profissionais que atuam na instituição se preparavam para o procedimento. O carro com as doses da vacina estacionou em frente ao local pontualmente às 16h.

Prestes a ser vacinada pela equipe de saúde, Célia Nunes dos Santos, 84, que mora há seis no asilo, não escondia o entusiasmo e a ansiedade para receber o imunizante. "Estou na expectativa pela vacina há muito tempo. Estou muito feliz hoje por causa da vacina, estava há tempo nessa expectativa", explica. Natural de Caxias do Sul, Célia afirma que o período de pandemia tem sido difícil, pois está acostumada a passear por Florianópolis, Garibaldi e Lajeado, onde normalmente visita parentes. Por isso, não vê a hora de voltar a se reunir com a família. "Saio bastante, apesar da minha idade. Graças a Deus faço tudo por mim", destaca.

Acostumada a passar Natal e Ano Novo com os parentes, este ano Célia deixou de se reunir para evitar a propagação da Covid-19. "Essa vacina representa muita coisa, nunca passei por isso, primeira vez que passo por isso", ressalta. O secretário Municipal da Saúde, Mauro Sparta, ressaltou que a vinda ao Asilo Padre Cacique é um simbolismo de um trabalho longo que será feito em Porto Alegre e afirmou que é o 'início da esperança e a certeza de que a ciência vai vencer'. O presidente do Asilo Padre Cacique, Edson Brozoza, manifestou o seu sentimento de satisfação diante de tempos tão difíceis.