Morre o neurocientista Iván Izquierdo, em Porto Alegre

Morre o neurocientista Iván Izquierdo, em Porto Alegre

Médico faleceu nesta terça-feira em decorrência de uma pneumonia 


Lou Cardoso

Iván Izquierdo faleceu nesta terça-feira em Porto Alegre

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Morreu, na manhã desta terça-feira, o médico e neurocientista Iván Izquierdo, aos 83 anos, em Porto Alegre. Ele faleceu em  decorrência de uma pneunomia. O falecimento foi confirmado pelo Instituto do Cérebro, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), lugar que foi coordenador e fundador. O velório será realizado nesta quarta-feira, das 8h às 11h, no Crematório Metropolitano da capital gaúcha. 

Nascido em Buenos Aires, na Argentina, ele mudou-se para o Brasil em 1973, ao chegar, primeiramente, em Porto Alegre. Após uma passagem por São Paulo, morava desde 1977 em Porto Alegre ao lado da esposa, dos filhos e netos. Naturalizou-se brasileiro em 1981. 

Em 2004, assumiu a coordenação do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). A partir de 2012, ano da criação do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, integrou e coordenou o Centro de Memória da Instituição. Como professor na Pontifícia, atuou nos Programas de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica e em Medicina e Ciências da Saúde. 

Segundo o diretor do Instituto do Cérebro do RS, Dr. Jaderson Costa da Costa, Izquierdo foi um exemplo de pesquisador e professor que formou e motivou inúmeros neurocientistas. “Estamos todos muito tristes. O professor Ivan Izquierdo colocou no cenário internacional as pesquisa sobre memória. Como idealizador, coordenador e pesquisador do Centro de Memória embasou as pesquisas da doença de Alzheimer no InsCer e formou jovens neurocientistas. Ivan Izquierdo, um grande homem, um talentoso cientista e um nobre Mestre", disse. 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, publicou no Twitter, uma nota lamentando a morte do neurocientista. 

Com mais de 60 anos dedicados à neurociência, o Izquierdo recebeu mais de 60 prêmios e distinções nacionais e internacionais, entre eles, o Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico (1996), Prêmio Conrado Wessel (2007), além de Professor Honorário das universidades de Buenos Aires e Córdoba e Professor Emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) em 2014. Em 2018 foi laureado com o prêmio Cientista do ano, na área de neurociências, pelo Instituto Nanocell.  

Ele também foi membro da Academia Brasileira de Ciências e da National Academy of Sciences (EUA), além de membro do Comitê Editorial de mais de 30 revistas internacionais.  

Em 2018 recebeu o Prêmio Internacional Unesco-Guiné Equatorial para Pesquisa em Ciências da Vida, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 


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