MP de Contas entra com medida cautelar contra aumento nas tarifas do BikePOA
Órgão ingressou no TCE após suspeitas de irregularidades nos novos valores
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“Considerando que o contrato de permissão possui o prazo de vigência de cinco anos e dele consta cláusula expressa proibindo o reajuste ou revisão dos valores tarifários, deriva fundado receio acerca da legalidade de tal aditivo”, diz o documento assinado por Da Camino.
As modificações sem o amparo contratual fizeram com que o MPC considerasse o tema de “gravidade e relevância” e pedisse a determinação de medida cautelar, através da qual a EPTC suspenderia a cobrança do reajuste e as novas modalidades. Os valores iniciais seriam restaurados.
O aumento do preço nas bicicletas de R$ 5,00 para R$ 8,00 por dia e de R$ 10,00 para R$ 20,00 ao mês, além da criação de modalidades que oferecem o uso por três dias a R$ 15,00 e anual por R$ 160,00 fizeram com que o vereador Marcelo Sgarbossa (PT) encaminhasse requerimento para apurar irregularidades. Segundo ele, agora cabe esperar que o Tribunal de Contas defina um relator e que o presidente defira ou não a representação. Caso isso ocorra, a Prefeitura é notificada e pode recorrer ao Judiciário.
Em nota, a Tembici informa que foi estabelecido um aditivo de contrato, que permite o reequilíbrio financeiro do novo sistema. Sgarbossa, porém, afirma que tal aditivo foi procurado, mas não se obteve acesso. “Mesmo que tivesse, caberia uma discussão jurídica”, contrapõe.