MST recorre da decisão e mantém ocupação em fazenda de Maurício Dal Agnol

MST recorre da decisão e mantém ocupação em fazenda de Maurício Dal Agnol

Advogado se apresentou, na quarta-feira, à Justiça de Passo Fundo

Samantha Klein/Rádio Guaíba

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A assessoria jurídica do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) recorreu da decisão do titular da 5ª Vara Cível da comarca de Passo Fundo. O juiz Clóvis Guimarães de Souza determinou a saída das mais de 40 famílias que seguem ocupando uma fazenda do advogado Maurício Dal Agnol, desde o fim de abril. Entre os ocupantes há membros do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB). A área invadida soma 300 hectares na localidade de Santo Antão, no interior de Passo Fundo.

Os agricultores entendem que a ocupação é justa, já que a terra foi adquirida de forma ilícita pelo advogado. O proprietário da área rural é acusado de comandar um esquema que lesou cerca de 30 mil clientes nos últimos 15 anos.

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O advogado Maurício Dal Agnol se apresentou no Fórum de Passo Fundo na tarde de quarta-feira. A apresentação ocorreu depois que a Justiça suspendeu a prisão preventiva dele. Dal Agnol tinha prazo até 30 de junho para retornar ao Brasil, depois de ter viajado para os Estados Unidos.

O advogado, que chegou a ter o nome incluído na lista da Interpol, foi o principal alvo da Operação Carmelina, deflagrada em março pela Polícia Federal. O valor já reclamado chega a R$ 1,6 milhão, mas a suspeita é que o esquema tenha movimentado R$100 milhões.

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